quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fechados para Balanço


Estamos chegando ao fim de mais um ano. É muito comum algumas empresas se fecharem por um dia para fazer o chamado ‘balanço financeiro’. É quando os empresários reúnem seus funcionários para contabilizar perdas e ganhos, e apurar o lucro do trabalho durante o ano.


Com certeza todos temos perdas e ganhos, tristezas e alegrias para contabilizar. Por isso quero te convidar a fazer um balanço de sua vida durante este ano que se vai. Não apenas uma retrospectiva, mais uma análise pessoal do que passou. Abaixo vou listar algumas perguntas que podem ajudar nesta empreitada.

Qual é o saldo de tudo que Deus te permitiu viver este ano? O que você aprendeu com as situações vividas? Você cresceu mais espiritualmente? Permanece na mesma situação do ano passado? Ou será que as coisas pioraram?

Você soube aproveitar os momentos que Deus te deu com sua família? Abraçou seus filhos e sua esposa ou esposo, ou mesmo seus pais, quanto pôde? Quantas vezes você lhes disse o quanto os ama? Você manifestou amor e carinho aos seus demais parentes? Soube ou conseguiu perdoar aqueles que por ventura te ofenderam?


Como foi seu compromisso com Deus este ano? Você dedicou tempo a Ele? Você orou suficientemente? Leu a bíblia regularmente? Se envolveu com ou em Sua Igreja?


Depois de pensar e analisar bem sobre estas questões acima, pense no que fazer para mudar o que precisa ser mudado. Por favor, NÃO faça promessas de fim de ano! Normalmente as esquecemos antes do final de janeiro. Apenas faça o que precisa ser feito. Se disponha. Se envolva. Se dedique ao que precisa ser dedicado. Acima de tudo, ORE!

Os meus mais sinceros votos são que tanto eu como você, possamos viver um 2010 muito melhor do que o 2009 que vivemos. Que sejamos mais comprometidos com nosso Senhor. Que O amemos mais que todas as coisas. Que nos amemos uns aos outros cada vez mais. Que sejamos ricos em perdoar, abraçar, ajudar, sorrir, enfim... amar.

Que Deus nos abençoe.
Feliz 2010!

Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

"Infinita (gospel) Highway"




Sempre me perguntei o porquê do sucesso de um livro para falar de uma ‘Igreja com propósito’. Lendo Francis Shaeffer[1] eu descobri. A Igreja de hoje precisa disso porque está vivendo um misto de niilismo e existencialismo cristão.

Tudo na igreja evangélica contemporânea se resume em como você pode satisfazer-se ou expressar sua vontade. Como alcançar sua prosperidade financeira. Como viver sem problemas. Como fazer um louvor ‘a-bem-suado’. Como se sentir bem em um ‘culto’.

Vivemos como se estivéssemos numa “Infinita (gospel) Highway[2]” . “Nós não precisamos saber aonde vamos, nós só precisamos ir (...) sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e é só”. É assim que muitos crentes estão vivendo. Não sabem a que igreja pertencem. Não sabem o que vão fazer na igreja e muitos nem sabem onde vão parar.

É simples. Pergunte aos crentes das nossas igrejas modernas: porque você vai à igreja? As respostas da maioria provavelmente serão: “Eu vou para sentir a benção de Deus, o mover do Espírito”. “Eu vou lá buscar minha benção”. “Eu vou à igreja para me preparar para a semana de trabalho, recarregar ‘minhas pilhas espirituais’”.

É uma vida sem sentido. Não há propósito nisso. É apenas o ‘eu’ e ninguém mais. Demos o ‘salto’ e tudo o que importa é a experiência interna de cada um. É o arrepio que sobe dos pés à cabeça que move os crentes. De experiência em experiência, de salto em salto. Assim os crentes de hoje vivem de momentos.

Caminhamos como Caetano, “contra o vento, sem lenço, sem documento”. E assim não fazemos diferença. A não ser aquela que causada pela oração da propina.

E é por causa disto, que estou ao ponto de parafrasear Jean Paul Sartre e dizer que nos dias de hoje: “O 'crente' é uma paixão inútil”.

Contudo, quero concluir, dizendo que tudo o que disse não passa de uma generalização. Nem todos são assim. Creio nisso principalmente pelo fato de saber que Deus não se deixa sem testemunho fiel. Não sou pessimista nem niilista como Sartre. O que disse é o que vejo na maioria das igrejas.

Mas... quem foi que disse que o povo de Deus é ou será maioria???

Que Deus tenha misericórdia de nós.

Marcelo Batista Dias


[1] Francis A. Schaeffer, A Morte da Razão. São Paulo: ABU, 2007.

[2] Composição: Humberto Gessinger - Engenheiros do Hawaii

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Viva a sociedade alternativa!




Até meus 15 anos de idade fui fã do Raulzito. Tinha um pôster no meu quarto e uma porção de K7’s do ‘maluco beleza’. Tirando as ‘coisas ruins’ até sobra algumas coisas boas dele. Não podemos negar, por exemplo que foi um grande filósofo e poeta.

Pensando na igreja evangélica brasileira, me lembrei de uma de suas musicas – Sociedade Alternativa - em parceria com o Paulo Coelho.

“Faz o que tu queres, pois é tudo da Lei”. Este é o lema que direciona boa parte do evangelicalismo brasileiro.

Não tem problema se você precisa passar por cima de alguém para ser “abençoado”. Não tem problema receber uma “propinazinha” de vez em quando. Não tem problema adulterar, roubar, mentir, perjurar, trair, enganar, sonegar... Principalmente se um “vaso” te trouxe uma “profecia”. Desde que seja com ações de graça e um louvor ‘abençoado’ tudo pode!

Criaram uma “sociedade alternativa gospel”. Essa “sociedade” tem linguajar próprio, moda própria, música própria, política própria, economia própria, vícios próprios, costumes próprios, e justificativas próprias para esconder ou “explicar” sua falta de ética.

Entendo que a Igreja de Deus não é deste mundo. Paulo e Pedro nos chamam de peregrinos. E mais, Jesus Cristo disse (Jo 17) que nós não somos deste mundo. Contudo, foi Ele mesmo que disse que o Pai não nos tirasse do mundo, mas sim que nos guardasse do mal. Assim, não somos do mundo, mas estamos no mundo. Não para criarmos essa tal “Sociedade Alternativa”, mas para na sociedade vigente, vivermos como cidadãos dos céus.

Assim que Deus tenha misericórdia de nós e nos livre dessa armadilha diabólica. Dessa segregação religiosa. Desse gueto gospel. Que sejamos cristãos no mundo e para o mundo. Que vivamos a ética do Reino, e não criando uma “ética” própria para fingirmos que não somos culpados.

Que Deus tenha misericórdia de nós!

Marcelo Batista Dias

Bíblia On Line