sábado, 27 de junho de 2009

Solicitação de Baixa




Betim, 27 de junho de 2009


ATT: Ao comando da “Revolução”;
Ref.: Solicitação de Baixa;
Ilmo. “Comandante”:

Depois de ler os documentos [(link)(link)] e ponderar bastante me decidi:

Não quero me alistar nesta revolução!!!

Não quero liberdade de ser eu mesmo. Só Deus e eu sabemos quem sou e só Ele e eu sabemos quem posso ser. Quero sim a liberdade que a verdadeira Graça me dá de ser quem Deus quer que eu seja. Liberdade de me escravizar em Suas mãos. Quero limites. Quero saber até onde posso ir. Se os tendo por muitas vezes me pego ultrapassando-os, o que será se não os tiver.

Não quero seguir minha consciência. Minha consciência não é confiável. É frágil, moldável. Basta forçá-la um pouco e logo se cala. E pior posso até mesmo cauterizá-la. Quero a consciência do Espírito. Quero a força da Palavra me dizendo que sou um pecador miserável e que preciso mudar de vida. Quero arrependimento. Quero metanóia. Quero a voz de Jesus me dizendo: “Vai e não peques mais”.

Não quero amor sem disciplina. Isso não é amor é conivência.

Não quero simplesmente ser aceito, quero ser corrigido quando errar. Não preciso de tapinhas nas costas, preciso de alguém que me mostre que estou errado e me ajude a voltar ao caminho, mesmo que para isso eu precise sofrer alguns “açoites”.

Não quero mentores. Quero pastores. Também não quero mercenários. Quero pastores. Quero a vara e o cajado que podem me consolar. Quero liderança que me mostre o lugar certo de pisar neste caminho estreito. Quero quem me acompanhe na jornada. Quero quem me livre dos tropeços e não alguém pra apenas me dizer de vez em quando: “Levanta, sacode a poeira e vai. A vida é assim mesmo...”.

Enfim, não quero me alistar nessa revolução.

Ela não traz nada de novo. É a religião da não-religião. É a igreja dos sem-igrejas. É o jugo dos que não querem jugo. É o absoluto da falta de absolutos. É a construção da desconstrução.

Com todo respeito aos revolucionários de plantão, mas não posso tomar este caminho com vocês. Não posso, pois olho pra frente e me vejo daqui a dez anos, sentado em uma mesa, rodeado de uns poucos remanescentes de “guerra” cantando:

“Minha dor é perceber... que apesar de termos feito tudo que fizemos... ainda somos os mesmos... e vivemos como nossos pais”*.

* Para aqueles que acham que no “Velho Governo” não existe ou não pode existir poesia.

Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Escola de adestramento cristão


Por Ariovaldo Jr.

Crente é um bicho estranho. Você grita “AMÉM?” e ele responde gritando o mesmo. Se perguntar pela segunda vez, ele responderá mais alto. Se no meio do louvor você gritar “pule na presença do Senhorrrrrrrr”, então eles pulam. Se você dançar de modo estranho, verá correspondência imediata nas pessoas.

Sua linguagem é facilmente influenciável por jargões. Basta pegar qualquer expressão bíblica cujo significado seja obscuro para a maioria, e pronto! Também colam as expressões inventadas que possuem aparência de espiritual, como por exemplo “ato profético”. Difícil de crer que nem existe esta expressão na Bíblia né?

Facilmente também estereotipamos outras coisas que fazem do crente um ser quase alienígena: os lugares que frequenta, o conteúdo de suas conversas e a aversão às coisas “do mundo”.

Pena que os crentes não são condicionados a obedecer a todo tipo de “comando”. Parece que o adestramento a que foram submetidos possui limitações. Nem todos aceitam sugestionamentos que os levem a renunciar a seus interesses; ou dividirem suas posses com os necessitados; ou mesmo disponibilizar tempo para aqueles que estão abandonados em asilos, orfanatos e nas ruas.

Ah… antes que eu esqueça, quero deixar claro que amo os crentes. E exatamente por ser um deles é que me incomodo tanto com estas coisas incompreensíveis que aceitamos passivamente em nossa conduta.


Fonte: Ariovaldo Jr. via Pulpito Cristão

Comentário do Eclesia Reformanda.

Basta dar uma olhada ao redor e vamos constatar a veracidade destas afirmações. Eu particularmente fico decepcionado. Deus nos fez coroa de sua criação e nos dotou com habilidade de raciocínio ímpar, exatamente para que pudéssemos oferecer a Ele um culto agradável e racional. Contudo o que se vê em meio ao povo de Deus é uma porção de gente que tem preguiça de pensar e deixa qualquer um pensar por si. O resultado disso é uma enorme massa de manobra iludida para sustentar os luxos de alguns que "se intitulam profetas e não o são".
Marcelo Batista Dias.

terça-feira, 23 de junho de 2009

“Jesus-Cola” um produto tipo gospel



Por Danilo Fernandes


Quem vende o "evangelho", vende o que não tem. Fora das “aspas” propaga-se loucura! Loucura aos olhos humanos.

Sendo homem de marketing, muitos anos atrás, quando ainda não tinha casa, ouvi de um pastor de uma igreja que visitei: Bom ter um cara como você aqui, que fez marketing para grandes empresas (Coca-Cola inclusive, risos). Vais dar muitos frutos para a nossa igreja. Eu perguntei: Como? Por conta da experiência com marketing? Sim, claro, respondeu o pastor.

Amado, lhe disse, o que eu achei não se vende, apenas se propaga e espera-se pela ação de Espirito de Deus. Se eu fosse contratado para fazer o marketing plan de um “produto” assim, nem começava. Pensa bem: Meu produto é loucura, a entrega do principal é post mortem. Meus clientes potenciais estão todos cegos, surdos, seus corações estão duros (Ef 2.1; 4.18; Cl 2.13). Ainda que pudessem escolher nosso produto, não o fazem, sua vontade não é livre, estão em escravidão à sua escolha pelas coisas de outro “fornecedor” (Rm 7.19,20; 8.5-8; 8.12,13). O preço do produto é impagável: Santo Sangue de Jesus.

Não há marketing possível: Preço não se mexe, quem ousa perde tudo. Propaganda, só para loucos, surdos, cegos e ainda promovendo que estes vendam tudo o que tem por uma única perola preciosa. Sim, “produto”: Pérola preciosa vista apenas por poucos e entregue na eternidade. Entre os “P” do Marketing, sobra-nos o “Placement” (ou distribuição). Podemos abrir pontos de entrega - lojas, por assim dizer e esperar que loucos, cegos e mortos nos encontrem. Para assim, esperar em Deus, o único responsável tanto pelo querer como pelo realizar, regenere os clientes e suas vontades levando-os a salvação (At.16.14; Fp 2.12.13; Ef 1.3-6). Ou faz assim, ou muda o produto.

O pior é que andam mudando!

Fonte: Genizah

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CIRCO DOS HORRORES!!!




















Fp 3:2 Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão!

1 Ts 5:1-6 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; 2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. 3 Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. 4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; 5 porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. 6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.

1 Tm 4:1-2 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.

Jd 1:4 Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

Jd 1:10-13 Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem. 11 Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. 12 Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; 13 ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre.

Ap 22:18-21 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; 19 e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. 20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! 21 A graça do Senhor Jesus seja com todos.

Marcelo Batista Dias

quinta-feira, 18 de junho de 2009

"Como viveremos"?


Era uma vez um mundo cheio de injustiças. Neste mundo habitava um povo que havia sido escolhido para ser destaque entre todos os povos. Ele foi chamado para ser modelo, mas estava terrivelmente dominado pela mesma maldade que havia em todos os outros povos. Neste povo havia um homem desesperado por causa do mal que acometera seu povo. Ele olhava ao seu redor e via muita miséria, injustiça social, imoralidade e muitos religiosos falsos que os oprimiam.

Este homem entrou num verdadeiro dilema. O seu Deus havia escolhido seu povo para ser uma grande nação e trazer o Grande Salvador ao mundo. No entanto o estado de seu povo o levou a uma crise profunda quanto às promessas de seu Deus. Ele buscou a Deus para obter respostas, mas estas respostas o deixaram mais alarmado. Desesperado e ainda sem entender os propósitos do seu Deus, este homem subiu em sua “torre de vigia” para aguardar de Deus a reposta ao seu grande dilema. A resposta de Deus – “o justo viverá pela sua fé”.

Este homem se chamava Habacuque. Depois de tantos anos, o que Habacuque tem a ver com você e eu? O simples fato de que o mundo e a realidade em que vivia são a mesma realidade e mundo em que vivemos. O que significa que seus dilemas também são nossos dilemas. E mais, sua reposta também é a nossa resposta.

Quando olhamos para a igreja de nossos dias vemos muitos motivos para “jogarmos a toalha”. É tanta meninice, tanta “macaquice” que às vezes dá vontade de chorar. Da vontade de levantar a voz a Deus e perguntar – Porque Senhor? Será que isso nunca vai acabar? Até quando vamos suportar os que em Teu nome praticam abominações?

No entanto a voz de Deus ressoa através das Escrituras: “O justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4). “O justo se manterá vivo por intermédio de sua fé”. “O justo viverá enquanto se mantiver fiel”. Estas são outras possíveis traduções, mas todas com o mesmo sentido – a nossa vida só pode ser vida, se mantida em viva esperança de que Deus está no controle de todas as coisas, e por isso, tudo vai chegar ao lugar que determinou que chegasse.

Isso é viver pela fé. É esperar contra esperança. É olhar ao redor e não ver nenhuma possibilidade de solução, mas crer que ela vem. É ter a certeza absoluta e inabalável que o Deus em que cremos não pode mentir. É esperar convictamente em Sua providencia. É entender que não há limites para o Seu poder e que “para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.37).


Como viveremos?


Somos chamados por Deus a viver pela fé. Mas sua fé... onde está? Se ela está firmada neste mundo eu sinto muito, mas você não tem esperança. No entanto se o que te sustenta é a fé verdadeira no Soberano e Onipotente Deus, então eu te convido a viver em fidelidade às Escrituras. Te convido a erguermos nossas vozes em um grande e alegre coro:

“Ainda que figueira não floresça, nem haja fruto na vide (...) todavia eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação!” (Hc 3.17,18).

Marcelo Batista Dias

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meu dia de Asafe


Há poucos dias vivi uma situação que me deixou deprimido. Pouco tempo antes de sair para uma reunião de oração, assisti ao programa de um famoso apóstolo. Nele pude ver uma multidão que cercava, em pé, um grande “altar”. Sobre este “altar”, o apóstolo curou a dor de braço de uma mulher apenas pegando em sua mão e conversando com ela. Eu me assustei. Normalmente essas “curas” eram precedidas de fervorosas orações e imprecações contra o “demônio da dor”. Agora elas acontecem tão naturalmente que a pessoa nem percebe que foi curada. “Ó! A dor passou!” foi o grito da tal mulher.

Em seguida subiu um tipo daqueles que sempre aparecem nesses programas. Ele disse: “Apóstolo quando eu cheguei aqui estava falido. Mas hoje minha vida mudou completamente. Recuperei tudo, tenho um salário bem maior e percebi que só na igreja do senhor é que Deus opera de verdade”.

Saí de casa desolado. Eu e “meu” povo lutamos para conquistar almas através da “velha boa nova” de salvação. Nós lutamos em oração e em evangelização. Buscamos sinceramente um crescimento como deve ser na igreja. No entanto continuamos ali... um grupo bem pequeno e alguns já desanimados. Mas aquele sujeito lá não! Ele tem uma multidão aos seus pés que nem se importa de ficar em pé! Antigamente essas igrejas pelo menos tinham cadeiras confortáveis, ar-condicionado central. Agora o povo fica em pé mesmo. E o lugar fica lotado!

Comecei a pensar que tinha algo de errado comigo. Eu que luto para transmitir as verdades de Deus fielmente junto com a “minha” pequena congregação. Que juntamente com “meu” pequenino rebanho “lutamos pela (genuína) fé evangélica”, vejo um rebanho bem maior indo atrás desses “mercenários do Reino”!!!

E assim fui até chegar à igreja. Ao chegar lá a cena não mudou muito. Apenas a mesma meia-dúzia de três ou quatro de sempre, mas quando começamos a conversar...

Naquele dia eu percebi a grandeza do Deus que sirvo. Aliás, percebi não, relembrei. Estava embrutecido por meus falsos pensamentos. Entendi que Deus tem sido generoso conosco e que se não fosse isso “há muito teríamos perecido”. Pude ver a mão de Deus agindo e sua voz me dizendo: “Não temas nem te espantes”. Pude ouvi-lo me dizer: “O fim deles é morte”. “Eles resvalam os pés e caem”. Caem do mesmo modo que sobem – meteoricamente.

Entendi que: “os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos”. (Slm 73. 27,28)

Findou-se o dia... e em meu “dia de Asafe”, saí consolado...

Marcelo Batista Dias.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

“Peixes não vão atrás de anzóis vazios”




Um homem levou seus filhos para pescar. Seu filhinho, mais novo entre todos, ficou muito empolgado com sua primeira pescaria. Mais extasiado ainda ele ficou quando seu pai lhe mostrou a vara com o anzol. O brilho, a beleza, as formas do pequenino anzol o encantaram. Mais do que depressa ele o lançou ao rio. Qual não era sua decepção ao ver seu pai e irmãos pegando bons peixes e ele ainda sem nada. Indignado foi reclamar com seu pai:

- Papai, porque só eu não consigo pegar peixes?
O pai pegou sua vara e verificou que estava tudo ok exceto pela ausência da isca.
- Meu filho – disse o pai com bastante carinho – está faltando a minhoca!
- Mas se o anzol é tão belo, porque preciso de minhoca? - perguntou ele.
O pai cuidadosamente respondeu:
- É porque peixes meu filho, não vão atrás de anzóis vazios.


Ouvi esta pequena parábola ontem e fiquei fascinado. Ela nos foi contada por nosso professor de didática para nos mostrar a importância de ensinar aquilo que as pessoas necessitam e tem sede de aprender. Pessoas são atraídas por conteúdos relevantes à sua vida.

Mais tarde fiquei pensando em quão distante desta realidade está boa parte da igreja evangélica de nossos dias. É claro que nossa pescaria é diferente. Não pescamos para que os peixes morram e nos fartemos deles. Os pescamos para que tenham uma nova vida. Uma nova natureza. Os pescamos para que sejam como nós – peixes que respiram e vivem muito melhor fora d’água. Mas se continuarmos com este tipo de prática o máximo que vamos conseguir fazer é dar banho em anzol.

Muitos estão tentando atrair “peixes” apenas com o brilho do anzol. Estão tão encantados com seus métodos, a forma e com a robustez de “sua teologia” que perdem de vista a necessidade das pessoas – alimento pro dia-a-dia. Esquecem que peixe nenhum pode ser pescado sem isca. Aliás, ninguém quer ser pescado sem isca. Acho isso muito natural e não vejo aqui qualquer tipo de barganha escusa. Pelo contrário, vejo um desejo legítimo pelo alimento que sustenta a vida. O ser humano é “pescado” pelo evangelho por que este o atrai. O seduz. O encanta. Mas é exatamente esta “isca” que falta nos anzóis de muitos por aí. O resultado disso é uma pescaria sem peixes.

Por outro lado temos aqueles que lançam mão de iscas artificiais que com seu brilho falso, enganam os peixes mais “cegos” do fundo dos rios. Atraem seus peixes com a falsa promessa de alimento e quando os pescam, matam ao invés de vivificar. Ao invés de alimento, uma massa plástica colorida. Apenas imitação do verdadeiro. O resultado é que desses peixes, aqueles que são mais fortes, vêem, mordem a isca, percebem que foram enganados, se soltam e nunca mais voltam a olhar para qualquer tipo de isca, nem para as verdadeiras. (E como isso dificulta a pescaria daqueles que usam a “isca” certa!!!). O resultado são peixes resistentes e arredios, quando não mortos.

O Carpinteiro que nos ensinou a pescar para Vida, nos deu isca de sua própria carne. Esta é a “verdadeira comida” (Jo 6.55). Dela não podemos deixar de oferecer em nossos anzóis. Menos ainda substituí-la por rações humanas enganosas que só acabam de matar os peixes que já estão sem perspectiva de vida. Caso contrário continuaremos apenas banhando o anzol...

Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Pelo menos cabelo tem na cabeça desse povo...





Estou espantado... aliás decepcionado...

Pensei que pra fazer parte do Reino de Deus precisava "apenas" da graça.
Meu Deus!!! Foi-se o tempo em que o crente era identificado como tal por suas ações.
Foi-se o tempo em que o mundo nos reconheceria como filhos de Deus se "tiverdes amor uns aos outros"(Jo 13.35);

É preciso ter um "cabelo doido" pra mostrar que amo a Cristo. Se é assim estou perdido pois os que ainda tenho, estão aos poucos deixando meu couro cabeludo.

Aliás não basta apenas amar... tem que ser "pirado" por Jesus.
É isso que esse povo é... pirado... sem noção... sem entendimento... loucos... miolo mole...

Assim eles não entendem Jesus.

Não podem porque suas mentes estão envoltas por sua loucura.

"se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos" - Rm 1:21-22.

Faço minhas as palavras do poeta: "Pare o mundo (gospel) que eu quero descer!"

Como seria bom se voltássemos aos bons tempos... onde o cabelo era apenas a moldura do rosto e o "espirito quebrantado" e o "coração compungido e contrito" o sacrificio que agrada a Deus.

Marcelo Batista Dias

quinta-feira, 4 de junho de 2009

É por estas e outras que AINDA vale a pena ouvir musica "gospel"...




No meio desta vasta degradação em que anda a musica "gospel" brasileira fico realmente emocionado ao ouvir musicas assim...

Realmente Deus não se deixa sem testemunho... nem nos deixou órfãos.

Soli Deo Gloria!!!!

terça-feira, 2 de junho de 2009

A Árvore de Logos


Em um Tempo de Plenitude, uma Árvore foi plantada num espaço de Terra. O Plantador/Fazendeiro, sabedor de que o Terreno seria bastante hostil, plantou uma semente bem sólida – a Semente de Logos. Para cuidar da preciosa Árvore, o Plantador/Fazendeiro escolheu alguns Trabalhadores sem qualquer experiência, mas deu a eles a Instrução e um Conselheiro chamado Parácleto, para que os guiasse nesta tarefa. No princípio tudo ia muito bem. A Raiz-de-Logos era forte e suficiente para sustentar a Árvore-de-Logos. Além do mais os Trabalhadores seguiam fielmente a Instrução confiando plenamente em Parácleto.

O tempo foi passando e os primeiros Trabalhadores foram sendo promovidos à Casa Grande da Fazenda deixando outros para dar continuidade em seu trabalho. Alguns começaram a desconfiar da força da Raiz-de-Logos e logo começaram a questionar se não seria melhor substituí-la por uma outra raiz um pouco mais fraca, mas bem mais fácil de “trabalhar” – a raiz-de-gnosis. Outros achavam que a Raiz-de-Logos era forte e não precisava ser substituída, mas apenas reforçada por alguns marcos de madeira de Lei. O parecer agradou à maioria, que condenou os adeptos da raiz-de-gnosis à vida fora da sombra da Árvore. Os que ficaram sob a sombra começaram então a reforçar a Árvore-de-Logos.

Aos poucos a Instrução foi sendo deixada de lado. Algumas tabuas de dó-guimá foram colocadas junto à Raiz da Árvore-de-Logos. Um dia, porém eles perceberam algo estranho – aquela Árvore tinha apenas uma Raiz e era provinda de apenas uma Semente, mas seus ramos eram muito diferentes uns dos outros. Havia ramos mais repletos de frutos, outros com menos frutos. Havia ramos de diferentes cores e de diferentes espécies, espalhados para os vários cantos da Terra. Os Trabalhadores então tiveram a idéia de fazer com que a Árvore tivesse uma anatomia mais uniforme. Queriam que seus frutos fossem padronizados e dia-a-dia foram acrescentando mais e mais tabuas de Lei com fim de fazê-la ficar mais parecida com um horto chamado Doxia.

Os anos se passaram e os trabalhadores foram ficando mais inteligentes e mais espertos na arte de “alimentar” a Árvore. Começaram a ignorar a importância da Raiz-de-Logos. Em seguida abandonaram a Instrução e foram deixando de ouvir o que Parácleto tinha a lhes dizer. O resultado disso foi que os Trabalhadores ficaram abastados, mas a Árvore e seus Ramos pareciam definhar dia-a-dia.

O Plantador/Fazendeiro ao ver o que seus Trabalhadores fizeram com sua Árvore, ordenou que aquelas tabuas de Lei fossem tiradas. Ele designou novos Trabalhadores para retirar aqueles marcos e renovarem sua Árvore. Esses nobres Trabalhadores reencontraram a Instrução que estava esquecida e voltaram a pedir orientação a Parácleto. A Árvore então voltou a crescer e florescer como dantes. No entanto estes bons Trabalhadores foram também promovidos à Casa Grande...

Os outros Trabalhadores que se levantaram começaram a discutir entre si sobre como seria a melhor maneira de cuidar da Árvore-de-Logos:

- “Precisamos voltar a utilizar as tabuas de Lei que nossos pais usavam para fortalecer a Árvore e mantê-la mais parecida com o horto Doxia, pois esta Raiz-de-Logos está brotando Ramos muito discrepantes. Estes ramos diferentes precisam ser arrancados, estão fora de padrão.” – dizia Davis Eradib Urro.

- “Na verdade o que precisamos é concentrar nossos esforços na raiz-de-gnosis, pois nessa Instrução não se pode confiar e este Parácleto é apenas um mito, ninguém pode vê-lo ou provar sua existência, ademais cadê esse Plantador/Fazendeiro que nunca aparece por aqui?” – retornou Euno Centrudo Mundus.

- “Você fala como um doido qualquer! Parácleto está aqui eu o vi esta noite e Ele me disse que uma nova Raiz há de brotar neste solo e que devemos sempre esperar de sua parte uma nova Instrução. Devemos enquanto isso amarrar e determinar que as pragas abandonem este solo!” – Interrompeu abruptamente Chey d’Mistis Ismo.

Em um canto apenas observando estava Kadá Un Assua.
- “Ei e você? Não vai falar nada não? – Perguntou Davis Eradib Urro;
- “Não quero me envolver nesta discussão estúpida. Tenho a minha própria opinião a respeito da Árvore-de-logos e não importa a vocês o que penso e nem a mim o que vocês pensam. Vou cuidar da Árvore de acordo com minha experiência. A Instrução é boa, mas não é a única. Parácleto fala coisas pertinentes e posso até usá-las. Posso até usar algumas tabuas de gnosis – apesar de achá-las pesadas demais para mim. Cada um faça do seu jeito, afinal, o Plantador/Fazendeiro irá premiar os bons Trabalhadores e não necessariamente aqueles se prenderem ao Caminho que ele ordenou”.

E assim a Árvore-de-Logos continua padecendo. Alguns Trabalhadores mantém-se fiéis e procuram ouvir sempre a Instrução e Parácleto. Os Ramos, exaustos pela incompetência de alguns Trabalhadores estão definhando mais a cada dia. Ansiosos, Ramos e Trabalhadores fiéis esperam a volta do Plantador/Fazendeiro que os transplantará desta Terra hostil para uma Nova Terra sem pragas e longe dos Trabalhadores medíocres.


Marcelo Batista Dias

Bíblia On Line