quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Marcha pela Ética Cristã: Eu visto esta camisa!


Não é novidade para nenhum cristão sincero (e que enxerga de verdade) que a Marcha para Jesus se tornou um grande cabite eleitoral. De olho no "nicho" de mercado gospel, as intenções políticas e econômicas se sobressairam à intenção inicial do movimento.

Estou escrevendo este artigo para dar apoio e divulgar o movimento iniciado pela Vera Siqueira, uma cristã comprometida e inconformada com esta situação que resolveu iniciar o protesto na expocristã de Sao Paulo (veja aqui).

Este movimento está sendo apoiado por uma grande parte dos blogueiros cristãos comprometidos em denunciar esta falácia que é a doutrina da prosperidade. Entre eles estou eu, cansado de ver esses lobos devoradores "enganando e sendo enganados". Pior é vê-los difamando o nome do meu Senhor e o expondo à ignomìnia.

Por isso estou nessa. Não poderei estar em São Paulo, mas aqui mesmo do meu cantinho em Betim estendo minha solidariedade, apoio e incentivo àqueles que lá estarão defendendo a verdade das Escrituras e lutando por uma cristandade mais ética e bíblica.

Um grande abraço a todos os que estarão na linha de frente de batalha. Força, não desanimem!

Deus abençoe a vocês e tenha misericórida dos demais.

Marcelo Batista Dias

Saiba mais.
Ps: Quem quiser confeccionar a camisa pode baixar aqui a imagem. Ou adquirir direto aqui (Neste ultimo caso falar com Mari [mari@brastransfer.com.br]. Vai ficar em menos de 19 reais.)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“Animalías” da igreja




A Ivelise, uma querida leitora deste humilde blog, solicitou um post sobre as unções de animais que apareceram na igreja. Pois bem, lá vai.

Esse negócio ganhou repercussão com a desastrosa performance da cantora Ana Paula Valadão em um dos shows do Diante do Trono. Ela “recebeu” no show unção do leão e começou a engatinhar no palco.

Segundo alguns a base bíblica para tal “animalía”, está nas visões de Daniel a respeito dos quatro animais em Dn 7.

Para este humilde cristão, a base bíblica deles está fora da Bíblia. Está dentro de suas mentes distorcidas e incautas. Onde já se viu um negócio desses? Receber da parte de Deus uma unção especial e começar a agir como animais? O homem não precisa de unção especial para agir assim.

Cabe-nos algumas perguntas: Se já recebemos a unção definitiva do Espírito Santo no batismo e o temos morando permanentemente em nós, porque precisamos de outra unção? Será que esta não é suficiente? E se somos coroas da criação, porque o Espírito Santo nos ungiria com características de animais “inferiores”? Se esses animais fossem tão especiais assim, porque Jesus Cristo, o Leão de Judá, não veio como um leão de verdade e sim como um homem?

Essa gente precisa de “unção de animal”, porque não sabe ser homem. Precisam da visão da águia porque seus olhos ainda não foram abertos de verdade. Precisam da força do leão, porque não são herdeiros da vitoria definitiva do Leão de Judá. Precisam de sua coragem porque não tem coragem própria de enfrentar o mundo de frente.

Isso só prova o quanto os cristãos contemporâneos estão alheios a Deus. Não precisamos de nenhuma unção especial para enxergar as profundezas de Deus, pois Ele já se revelou na medida das nossas necessidades e capacidades em Sua Escritura. Não precisamos de olho de águia para enxergar essas revelações. No máximo uns óculos de grau já bastam.

Que Deus tenha misericórdia desse povo. Que eles aprendam que fomos alcançados pela graça de um Deus-Homem. Que essa graça já nos abriu suficientemente os olhos para enxergar o necessário. E que essa graça já nos concedeu o que nenhuma unção animal poderia nos dar.



Marcelo Batista Dias
Imagem: Blog do Ciro

Alienado, graças a Deus!


Qual verdadeiro cristão nunca foi chamado de alienado? Essa é a visão que aqueles que não conhecem a Graça de Deus têm a seu respeito. Mas o que muitos inclusive alguns crentes por aí, chamam de alienação eu chamo de liberdade.

A liberdade da Graça não consiste em espaço aberto para o ser e sim na capacidade do ser de se aprisionar. Parece contraditório isso, mas não é. Na Graça eu não sou livre para ser o que sou, mas sou livre para não ser o que sou. Sou livre para não viver o meu eu.

Por causa da Graça eu tenho liberdade para não me gastar na bebedeira, no sexo, nas drogas ou em qualquer outra coisa que o mundo ofereça e a minha carne deseje. Posso dizer para eu mesmo: “mesmo querendo eu não vou me enganar, eu conheço seus passos, eu vejo seus erros”. Por causa da Graça posso negar a mim mesmo e tomar a cruz. Por causa dela e somente por ela eu posso seguir a Jesus.

Por isso detesto uma graça que anda dizendo por aí que “tudo posso naquele que me fortalece”. Inclusive manter relações sexuais antes e fora do casamento; posso assentar-me num bar e encher a cara sem peso de consciência; posso viver e fazer o que eu quiser, por que a graça me basta. Isso para mim é uma verdadeira prisão.

Eu vivi sendo eu mesmo por um bom tempo e me cansei. Desgastei-me demais atendendo aos meus desejos. Sofri muito sem poder me libertar desta prisão chamada eu. Agora tenho Cristo em mim e “já não sou mais eu quem vivo”.

Se viver assim é ser alienado, então prefiro a alienação da Graça à liberdade do eu.

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne”... Gl 5:13



Marcelo Batista Dias

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quanto é pastor?



“Cheguei em casa de Mariazinha. Era uma tarde fatídica de sábado. Ela em sua cama amargava as dores de seu câncer em estágio extremamente avançado. Chegara lá convidado por algumas irmãs a fim de orarmos com ela.
Sua situação era realmente dramática. Consternado, abri a Bíblia e comecei a meditar com ela a respeito de Deus. Disse-lhe com todo amor que Deus poderia curá-la, ou não. Se este último fosse o caso, perguntei como estava sua alma e se ela estava preparada para se encontrar com Deus. Diante de seus lacrimejantes olhos, expus-lhe o plano de salvação. Ao terminar seus olhos outrora lacrimejantes, agora derretiam-se em lágrimas.

Orei com ela e me dispus a ir embora. Antes que pudesse deixar o quarto, fui abordado por seu pai:
- “Quanto é pastor?”
Assustei-me com a pergunta.

- “Isso eu faço de graça” respondi – “é minha obrigação”.

De assustado passei a indignado ao ver os “diplomas” e “recibos” de promessas e campanhas promovidas por alguns “pastores” que lá estiveram antes de mim. “Pastores” que em troca de promessas de cura milagrosa e de profetadas toscas, “aceitaram” uma “ofertazinha”.

- “O senhor foi assaltado”- eu lhe disse – “isso não é coisa de Deus”. “O que fizeram com o senhor foi trapaça, sinto muito”.


Quero abrir um parêntesis aqui. Esta historia é verídica. O nome da personagem é fictício, mas a experiência foi real. Não foi vivida por mim. Foi compartilhada comigo na manhã da ultima segunda-feira por um amigo no seminário. Apesar disso foi como se eu estivesse lá. Com sua autorização estou publicando aqui.
Publico para denunciar esta diabólica falácia chamada “doutrina da prosperidade”. Publico também com indignação semelhante à do meu amigo.
Indignação por causa desta corja que se auto-intitula “profeta do altíssimo”, “mensageiro do Rei”, “ministro labareda-de-fogo”, e na verdade não passa de um bando de ladrões e bandidos salafrários comprometidos apenas com sua própria prosperidade. Seus pulpitos são trono de satanás. São arautos do diabo. Gente que rouba, que mata a fé alheia, que se aproveita da dor e do sofrimento de outros para extorquir.
“Raça de víboras! Vocês acham que vão escapar do que estar por vir? Quem iludiu vocês? Vocês não escaparão a menos que se arrependam destes caminhos odiosos.”
Mas nem tudo são espinhos. Fecho aqui meu parêntesis para mostrar o resto da história.

“Após sua confissão e entrega a Cristo, orei com ela e me dispus a ir embora. À medida que fui me retirando, ia se aproximando uma “pastora” daquelas que já estivera ali anteriormente. Com o coração cheio de fé Mariazinha bradou:
-“A senhora pode voltar da porta mesmo”. “O que eu precisava receber de Jesus, recebi hoje”.


Às 5hs da manhã desta segunda-feira, dormiu Mariazinha. Descansou nos braços do seu Salvador. Não precisou pagar nada. Não precisou “votar” nada. Seu único passo de fé foi render-se à verdade. Caiu nos braços da graça, de graça.

Marcelo Batista Dias

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Deus é o dono do meu coração, não do meu nariz!



Depois de escrever sobre a entrevista da Joelma do Calypso, me coloquei a pensar sobre essas pseudo-conversões artísticas. Não é raro vê-los justificando sua conduta, que normalmente é incoerente com a fé professada, com a velha historia dicotômica do: “Minha fé não tem nada a ver com meu trabalho”. Já ouvi isso da boca de Carla Perez, Simoni, e outros por aí.

Mas de onde vem essa idéia? De onde procede que Deus é dono apenas do mundo espiritual? De onde surgiu a idéia de que Ele cuida da alma, e o homem do seu próprio corpo?

Essa dicotomia procede do Éden. Foi no Éden que o diabo travestido de serpente sugeriu ao homem pela primeira vez que Deus não tinha domínio sobre tudo que dizia ter. O argumento da serpente foi de que Deus não iria cumprir o que disse, por que não tinha essa autonomia. O que Deus na verdade queria era que o homem pensasse assim. Deus tinha medo de que o homem se tornasse como Ele. Em outras palavras, Deus era digno apenas da admiração do homem, mas não de sua obediência. De lá pra cá o homem vem confinando Deus aos assuntos espirituais e tomando o rumo de seu próprio nariz.

Acontece que essa é a maior falácia de todos os tempos. E a igreja tem caído nela. Eu não estou me referindo apenas ao fato de muitas fazerem “concessões” aos seus mais nobres fiéis para mantê-los presos ao seu roll da fam... ops de membros. Refiro-me à realidade de que muitos cristãos mantêm em seu coração uma dicotomia que não existe. É como se dissesse: Dou a Deus o que é de Deus, e o que é de Cesar sou eu quem decido o que fazer.

Contudo Deus não é apenas Senhor do mundo espiritual. Ele é Senhor de tudo que existe. Não podemos relegar Deus aos nossos presídios religiosos e viver a vida como se Ele estivesse limitado pelas paredes destes templos. Ou entendemos que a vida além das paredes do templo é regida pelo mesmo Deus que governa o que acontece dentro delas, ou nossa vida perde o sentido.

Deus é um ser livre, autônomo, e acima de tudo Soberano. Nada foge ao seu domínio, ao seu controle. Não há como resguardarmos uma parte de nossa vida e dizer para ele que é nossa responsabilidade e que ele não deve se meter, pois não lhe diz respeito.

A parte que nos cabe é juntar tudo que temos e somos, e, prostrados ante o escabelo de Seus pés, entregar-lhe tudo para Sua própria honra e Glória. Não apenas o dízimo, mas o suor do rosto, a habilidade artística das mãos, o produto de nossa pequena, mas ainda sim útil razão. Cabe-nos submeter à Sua soberana vontade e levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo”(II Co 10.5). Anular nossa vontade ou desejos e dar lugar ao mover pleno do Espírito em nossas vidas. Dar a Deus o que é de Deus e a Deus o que é “nosso”.


Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um Calipso pra Gizuz


"Depois de passar a tarde desta quarta-feira (7) gravando o programa Tudo é Possível, da Record, que vai ao ar domingo (11), Joelma, vocalista da banda Calypso, falou sobre sua religiosidade. A loira é freqüentadora da igreja Assembleia de Deus desde criança. A leitura de um trecho da Bíblia todos os dias e a meditação sobre ele faz parte de sua rotina pessoal diária.

Segundo Joelma, a proximidade com Deus resultou em muitos milagres em sua vida. Um deles aconteceu há dois anos, época em que vinha uma imagem com freqüência em sua mente: Joelma estava no centro de sua casa, em Belém, no Pará, com um grupo de pessoas orando em volta dela. A cantora comentou com uma pessoa com quem costumava fazer orações e foi aconselhada a fazer ”o que Deus pedia”.

Assim, ela marcou uma reunião para a terça-feira seguinte. No sábado anterior ao encontro, Joelma caiu dentro do ônibus do grupo, quando o motorista fez uma manobra complicada.

- Fui jogada da cama para a parede e bati minhas costas em uma saliência na porta do banheiro. Não consegui levantar o tronco. Meus movimentos foram parando e, na terça-feira, não andava mais. Nós nos reunimos mesmo assim e, no dia seguinte, um milagre me curou. Fui a um programa de TV, onde me apresentei e fiz tudo o que costumo fazer no palco.

Mas Joelma havia feito uma ressonância, que mostrou a gravidade de seu quadro.

- O osso da minha coluna estava trincado. Não poderia nem ter me levantado, quanto mais feito shows. Tenho muitas experiências com Deus, já vivi muitos milagres em minha vida."

Fonte: Portal R7

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Comentário do Ecclesia

Salve a pós-modernidade! A poucos dias a Claudia Leite disse que quer ser "teóloga". Agora vem essa da Joelma.

Essa espiritualidade estúpida, morbida, pagã de quem acha que pode servir a Deus e às riquezas é a moda de hoje.

Fico pensando nessas horas: de quem é a culpa? Sinceramente, penso que é da igreja. Essa igreja evangelica de nossos dias que "vende" Jesus, mas entrega mesmo Gizuz ou Genésio. Se a igreja cumprisse sua função de anunciar a verdade a respeito da realidade do ser humano, ou seja, seu estado de depravação total que só pode ser mudado pela intervenção suprema e unica de Deus por mérito da cruz. E que isso não pode acontecer para que a pessoa continue vivendo aquela vida miserável de sempre, servindo a si mesmo e aos seus interesses, senão que sua postura de vida deve ser diariamente regida pela vontade soberana de Deus expressa nas Escrituras.

Mas vivemos no tempo da graça. Não dA Graça, mas da graça barata, que aceita qualquer pessoa com disposição de contribuir financeiramente com a "igreja". E que engana as pessoas com a mentira de que basta orar de vez em quando, ou frequentar uma igreja qualquer, ou mesmo ser membro de uma denominação histórica, ou ainda carregar uns amuletos "a-bem-suados" que tá tudo certo.

Essa miserável graça que não motiva ninguém a uma mudança de vida. Que ao contrário aceita todo mundo do jeito que vier e não incomoda ao ponto de levar o indivíduo a mudar o rumo de sua existencia.

Miserável graça que ao invés de desnudar, provê as roupas da hipocrita religiosidade. Roupas finas que fazem dos que a usam verdadeiros sex-simbols góspeis. Que ensina a falsa idéia de que milagres são sinais da presença divina. E que um arrepio qualquer é sinal da presença do Espirito.

Ah miserável graça! Lastimável...

Que Deus tenha misericórida do que sobrou de Sua Igreja, e mantenha viva em seu coração a Verdadeira Graça.

Marcelo Batista Dias

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Diante da graça ficamos todos nus!


Por Humberto Ramos

Já disse o Ariovaldo Ramos que a Graça é uma disposição no coração de Deus em nosso favor; não é uma pessoa, não é um poder autônomo desvencilhado das outras características de Deus...

Já se imaginou nu diante de muitas pessoas? Consegue sentir a tamanha timidez e falta de segurança que isto poderia causar a qualquer pessoa de bom senso, a qualquer ser humano mediano? Bem, é mais ou menos isso que a Graça gera na gente quando passamos a compreendê-la um pouco melhor.

Não ter condição alguma de pagar o favor de Deus, não dispor de nenhuma artimanha nem ter carta alguma na manga a fim de poder tratar de igual pra igual, estar desprovido de qualquer corrimão quando da subida que conduz ao trono celeste, é assim que podemos nos sentir ao receber da Graça de Deus.

A nudez total revela nossa incapacidade de alcançar o dom eterno por conta própria. E por estarmos nus, não podemos nem blefar, não há aparências nem máscaras, não há onde esconder nossas mazelas, só há a nudez pessoal, impotente; e nos encontramos frágeis como bebês diante do poder de Deus.

Não há o que fazer, nosso poder de compra não tem valor algum diante do Eterno, e isso traz um tipo de insegurança maravilhosa; dá medo no início... a vontade de pagar pelas bênçãos é quase incontrolável, mas daqui a pouco passamos a entender que para adentrarmos no Reino necessitamos de abrir mão do “poder” de compra, inútil para este tipo de bem! No Reino só recebe quem pede, todo favor é inegociável!

Só pode desfrutar verdadeiramente da Graça quem já se desnudou de suas seguranças, só pode desfrutar verdadeiramente a Graça quem abandonou as velhas vestes do mérito pessoal e se apossou das vestes do amor. Somente quem já não necessita se defender, se justificar, pagar, comprar, barganhar...

Quer provar da Graça?... Então, o que está esperando? É só se desnudar!...



Fonte: Visão Integral, via Púlpito Cristão

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Comentário do eclesia.

Encontrar este texto no Pulpito foi uma dádiva da providencia de Deus.
Outra dádiva foi conhecer o blog do Humberto.
Verdadeiramente a graça de Deus é assustadora.
É assutador saber que Deus me conhece por completo. É assustador saber que Ele me vê absolutamente e até mesmo além do que eu vejo em mim. O pior de tudo é saber que Ele, mesmo vendo tudo isso, ainda me recebe com esse amor indescritível. É pior por que eu estou fora do controle. Não sou eu quem determino como e porque Ele me ama ou me aceita. Ele simplesmente faz isso por si mesmo e não ter dominio sobre essa situação me amedronta.
Ao mesmo tempo me consola, me motiva, me alegra por que não depende de mim. Se dependesse aff...

Oh, assutadora e maravilhosa Graça de Deus.

Marcelo Batista Dias

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ilusão de Ótica





São cães voadores, ou apenas um fotógrafo genialmente oportunista (pra não dizer sortudo mesmo)? A ilusão de ótica desta foto é algo fantástico. Ilusão segundo o dicionário Michaelis/UOL é “engano dos sentidos ou da inteligência”. É o que acontece na foto. Realmente a impressão que se tem é que os cães estão mesmo voando.

O que acontece nesta foto é o que acontece em muitas igrejas. Quando olhamos para elas não dá pra saber se elas estão realmente “flutuando no Espírito”, ou se são apenas o fruto do oportunismo de alguns. Elas realmente enganam os sentidos, principalmente dos incautos.

O evangelicalismo no Brasil tem tomado proporções incríveis. Esse crescimento, no entanto não passa de pura ilusão de ótica. O que cresce na verdade é um pseudo-cristianismo criado pelo oportunismo de alguns mercadores do evangelho. Cristianismo sem Cristo e, portanto, apenas pseudônimo.

É possível que a foto acima seja uma montagem também. Assim como várias igrejas falsas, cópias, arquétipos do sonho maluco de algum fanático religioso e/ou ganancioso, mas de modo algum, cristianismo.

A verdadeira Igreja de Cristo é facilmente reconhecível. Ela não tem aparência imponente, nem veste a roupa glamorosa das grandes catedrais, ou círculos denominacionais.

Ela é reconhecida por sua diferença de vida. Por sua simplicidade na vida diária do evangelho. É conhecida pelo incômodo que causa ao mundo. Pela transformação que produz nas pessoas e na sociedade em que está inserida.

Não pode, porém ser reconhecida pelo número de adeptos ou de faladores de línguas. Nunca pelo número de profetadas ou de bênçãos oferecidas. Jamais pelo conforto que proporciona, por que como disse John Blanchard:

“Se seu cristianismo é confortável, está comprometido. Não existe cristianismo fácil. Se é fácil, não é cristianismo; se é cristianismo, não é fácil.”

Essa é a verdadeira vida cristã. O resto é ilusão de ótica.


Marcelo Batista Dias

Bíblia On Line