terça-feira, 29 de setembro de 2009

Esmagados pela Culpa



Por: John Piper


O problema vai além de não cair; a questão é como lidar com a queda para que ela não leve toda uma vida para o desperdício da mediocridade. A grande tragédia não são práticas como a masturbação ou a fornicação, e nem a pornografia. A tragédia é que Satanás usa a culpa decorrente desses pecados para extirpar todo sonho radical que a pessoa teve ou poderia vir a ter. Em vez disso, o diabo oferece uma vida feliz, certa e segura, com prazeres superficiais, até que a pessoa morra em sua cadeira de balanço, em um chalé à beira de um lago.


Hoje de manhã mesmo, Satanás pegou seu encontro das duas da manhã – seja na televisão ou na cama – e lhe disse: “Viu? Você é um derrotado. O melhor é nem adorar a Deus. Você jamais conseguirá fazer um compromisso sério para entregar sua vida a Jesus Cristo! É melhor arrumar um bom emprego, comprar uma televisão de tela plana bem grande e assistir o máximo de filmes pornográficos que agüentar”. Portanto, é preciso tirar essa arma da mão dele. Sim, claro que quero que você tenha a coragem maravilhosa de parar de percorrer os canais de televisão. Porém, mais cedo ou mais tarde, seja nesse pecado ou em outro, você vai cair. Quero ajudá-lo a lidar com a culpa e o fracasso, para que Satanás não os use para produzir mais uma vida desperdiçada.


Cristo realizou uma obra na história, antes de existirmos, que conquistou e garantiu nosso resgate e a transformação de todos que confiarem nele. A característica distintiva e crucial da salvação cristã é que seu autor, Jesus, a realizou por completo fora de nós, sem nossa ajuda.

Quando colocamos nele a fé, nada acrescentamos à suficiência do que fez ao cobrir nossos pecados e alcançar a justiça que é considerada nossa. Os versículos bíblicos que apontam isso com mais clareza estão na epístola de Paulo aos Colossenses 2.13-14: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões e cancelou o escrito de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”.


É preciso pensar bem nisso para entender plenamente a mais gloriosa de todas as verdades: Deus pegou o registro de todos os seus pecados – todos os erros de natureza sexual – que deixavam você exposto à ira. Em vez de esfregar o registro em seu rosto e usá-lo como prova para mandar você para o inferno, Deus o colocou na mão de Seu filho e pregou na Cruz. E quem são aqueles cujos pecados foram punidos na cruz? Todos que desistem de tentar salvar a si mesmos e confiam apenas em Cristo. E quem assumiu essa punição? Jesus. Essa substituição foi a chave para a nossa salvação.


Alguma vez você já parou para pensar no que significa Colossenses 2.15? Logo depois de afirmar que Deus pregou na cruz o registro de nossa dívida, Paulo escreve que o Senhor, “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”. Ele se refere ao diabo e seus exércitos de demônios. Mas como são desarmados? Como são derrotados? Eles possuem muitas armas, mas perdem a única que pode nos condenar – a arma do pecado não perdoado. Deus pregou nossas culpas na cruz. Logo, houve punição por elas – então, seus efeitos acabaram! O problema é que muitos percebem tão pouco da beleza de Cristo na salvação que o Evangelho lhes parece apenas uma licença para pecar. Se tudo que você enxerga na cruz de Jesus é um salvo-conduto para continuar pecando, então você não possui a fé que salva. Precisa se prostrar e implorar a Deus para abrir seus olhos para ver a atraente glória de Jesus Cristo.


Culpa corajosa – A fé que salva recebe Jesus como Salvador e Senhor e faz dele o maior tesouro da vida. Essa fé lutará contra qualquer coisa que se coloque entre o indivíduo salvo e Cristo. Sua marca característica não é a perfeição, nem a ausência de pecados. Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado. A justificação se relaciona estreitamente com a obra de Deus pregando nossos pecados na cruz. Justificação é o ato pelo qual o Senhor nos declara não apenas perdoados por causa da obra de Cristo, mas também justos mediante ela. Cristo levou nosso castigo e realiza nossa retidão. Quando o recebemos como Salvador e Senhor, todo o castigo que ele sofreu, e toda sua retidão, são computados como nossos. E essa justificação vence o pecado.


Possuímos uma arma poderosa para combater o diabo quando sabemos que o castigo por nossas transgressões foi integralmente cumprido em Cristo. Devemos nos apegar com força a essa verdade, usando-a quando o inimigo nos acusar pelas nossas faltas. O texto de Miquéias 7.8-9 apresenta o que devemos lhe dizer quando ele zombar de nossa aparente derrota: “Não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei (…) Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito”. É uma espécie de “culpa corajosa” – o crente admite que errou e que Deus está tratando seriamente com ele. Mas, mesmo em disciplina, não se afasta da bendita verdade de que tem o Senhor ao seu lado!

Há vitória na manhã seguinte ao fracasso! Precisamos aprender a responder ao diabo ou a qualquer um que nos diga que o Senhor não poderá nos usar porque pecamos. “Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei”, frisou o profeta. “Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz.” Sim, podemos estar nas trevas da iniqüidade; podemos sentir culpa, porque somos, realmente, culpados pelo nosso pecado. Mas isso não é toda a verdade sobre o nosso Deus. O mesmo Deus que faz nossa escuridão é a luz que nos apóia em meio às trevas. O Senhor não nos abandonará; antes, defenderá a nossa causa.


Quando aprendermos a lidar com a culpa oriunda de nossos erros com esse tipo de ousadia em quebrantamento, fundamentados na justificação pela fé e na expiação substitutiva que Cristo promoveu por nós, seremos não apenas mais resistentes ao diabo como cometeremos menos falhas contra o Senhor. E, acima de tudo, Satanás não será capaz de destruir nosso sonho de viver uma vida em obediência radical a Jesus e de serviço à sua obra.


John Piper é escritor e pastor da Bethlehem
Baptist Church, em Minneapolis (EUA)


Fonte: Hermes Fernandes

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O bêbado e o seminarista




Foi um desabafo e tanto. Não pude deixar de me emocionar com o que verdadeiramente vai dentro da alma de alguém cuja vida se tornou sem sentido. Aquele velho bêbado olhava dentro de si e não via nada. Para ele sua vida se tornara completamente perdida. A angústia estava viva em suas palavras. Ele chorava o peso de seus erros. Chorava a dor de uma vida levada e não vivida.


O mais interessante é que depois de desaguar sobre mim lágrimas e mais lágrimas pelas desventuras que o atingiram na sua vida ele soltou essas palavras: “Essa vida não tem cifrão”.


Lembrei-me de uma história apócrifa que ouvi a respeito de Cristo. Conta a tal história que de certa feita estava Jesus e seus discípulos assentados sob uma árvore e um cheiro fétido de carne em putrefação os incomodou. Pedro mais depressa correu para ver o era. Voltou dizendo que havia um jumento morto por ali e recomendou a retirada. Jesus, no entanto o pediu que o levasse até o ‘defunto’. Relutante, Pedro atendeu. Ao chegar ali, em meio a toda aquela podridão Jesus soltou: “Veja Pedro, mas que belos dentes”!


A capacidade de enxergar o lado bom das coisas ruins é algo divino. É impressionante o quanto uma pessoa pode sofrer e mesmo assim saber reconhecer o valor da vida. Isso não quer dizer necessariamente que só os crentes o podem fazer. Deus deu esse dom a alguns que não são tão ‘dignos’ assim. Ouvir aquelas palavras foi como ouvir a voz de Deus me alertando para minha própria vida. O seminarista parou diante das palavras do velho bêbado. E como eu precisava daquilo!


Não é difícil achar um crente por aí reclamando de sua “má sorte”. Por isso eu ouvi com gosto por quase uma hora o desabafo daquele velho e sábio bêbado. Suas lições foram profundas. Ele discorreu sobre o trabalho, família, sentimentos, vida espiritual e até sobre graça! Acreditem foi uma experiência inesquecível! O monólogo do velho bêbado sábio me deixou muito mais pensativo que “O Menestrel” de Shakespeare.


O fato é que mesmo com as agruras da vida, é impressionante reconhecer como ela é bela. Verdadeiramente ela não tem cifrão. Não tem preço. Como dizia o poeta: “Eu sei que a vida podia ser bem melhor e será! Mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita”!

Por isso: Glória a Deus por minha vida!!!

Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quer apostar???




Eu sei, eu sei... você vai me dizer: “De jeito nenhum! Aposta não é coisa de crente!” Mas eu vou te dizer: É sim! Pelo menos segundo Blaise Pascal.

Pascal foi o autor da aposta da fé. A coisa funciona mais ou menos assim: Pascal convida todo homem a fazer uma aposta com Deus. Ou ele aposta que Deus existe ou que não existe. O crente é o sujeito que apostou que Deus existe. Pela fé o crente sabe que apostou certo, mas o incrédulo não. Isso cria um problema porque se o sujeito apostar que Deus não existe e ele não existir, ele não perdeu nada. Mas se Deus existir... como se diz aqui em Minas: Xiii lascô!


Acho que até aqui nada de novo. Apostamos pela fé que Deus “existe e se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6) e cremos que apostamos corretamente.


O problema é que tem muito crente fazendo outro tipo de aposta e essa sim muito perigosa. Não eu não estou falando da Mega-Sena, apesar de saber que tem muito irmão que anda fazendo uma “fezinha” por aí. Estou falando da aposta profética.


Tem gente apostando alto no profetismo dos tele-bispos, bispas, apóstolos, pai-póstolos e afins. Gente até sincera que bota todas as fichas que têm nessa roleta russa chamada profecia moderna. Sim é uma roleta russa – uma hora a bala sai; a gente só não sabe na cabeça de quem.


É exatamente para esses “jogadores” que eu quero propor outra aposta:



Você aposta comigo que esse bando de profetas que andam tagarelando por aí, não passam de lobos devoradores, de falsos profetas e pastores de si mesmos? Quer apostar?


Se eu fosse você eu pensava bem... Por que se eu estiver errado, tudo bem pra você. Quem vai levar chumbo na asa sou eu mesmo. Mas se eu e mais um monte de “vozes que clamam no deserto” estivermos corretos, hum... sei não hein...
E aí? Quer apostar???

Marcelo Batista Dias

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Jota Quest Gospel???



Por Maicon Custódio



Sei que meu título parece brincadeira, mas, no fim das contas, foi a impressão que tive! Um dia desses, lá estava eu. Deitado, ouvindo música e pensando em algumas coisas. Dentre elas: a psicologização e o pragmatismo existencialista da música “gospel” – me recuso a chamar de cristã – e do púlpito. Foi neste exato momento que começou a tocar uma canção da banda mineira (excelente, diga-se de passagem) Jota Quest. Os versos diziam o seguinte:


“Vivemos esperandoDias melhoresDias de paz, dias a mais…
(…)Vivemos esperandoO dia em queSeremos melhores…
(…)Vivemos esperandoO dia em que seremosPara sempre”.


De um salto eu me levantei e fiquei alucinado. Havia acabado de descobrir a roda? Tive alguma experiência com o sobrenatural? Algum bicho tinha me mordido? Que nada! Simplesmente ouvi em uma música denominada secular aquilo que não ouvia havia muito tempo nas canções e púlpitos evangélicos. A ESPERANÇA PELO DIA EM QUE SEREMOS PARA SEMPRE!Sei que minhas palavras podem parecer duras para alguns, mas foi o que senti, de verdade, e não pude deixar de compartilhar com vocês. Raciocinem comigo:


Quando teremos dias melhores?Quando haveremos de vivenciar a paz plena?Quando seremos pessoas melhores?Quando será o tempo em que não estaremos limitados ao tempo, mas viveremos para sempre?


Sim, amado! Somente no grande Dia do Senhor. O tempo onde não haverá luto, nem pranto e nem dor porque as primeiras coisas haverão passado. O tempo onde os céus e a terra serão novos. O tempo onde o leão e o cordeiro viverão em harmonia, pois a natureza que hoje clama por seu renovo estará, enfim, restaurada.


Vivemos no tempo das músicas que zombam da soberania de Deus dizendo que “não é o que Deus planejou”, ou ainda, a “Dança do Céu” – a ridícula paródia da imundícia chamada Créu – ou para piorar a “instrutiva” Labassurionderrá – supostamente este é o nome do anjo que se encontrou com a compositora da música – não consigo imaginar algo pior que isso! Mas o Jota Quest, mesmo que involuntariamente, fala do anseio por dias melhores, assim como eu tenho sonhado dia após dia.


Além das músicas preciso falar dos sermões na maioria das igrejas – louvo a Deus por poder congregar e pregar nas raras exceções – que falam de dinheiro, aborto, homossexualismo, ateísmo e de um monte de outras coisas que, mesmo sendo importantes, são secundárias, mas não falam de arrependimento, de Cristo e sua segunda vinda. Hoje em dia os sermões que ouvimos possuem títulos mais ou menos assim:


10 Maneiras de Receber Mais de Deus


7 Chaves Para Abrir as Portas Para o Emprego


12 Ocasiões Onde Você Vai Alcançar Vitória


3 Fontes da Prosperidade Financeira


Se o receber mais de Deus ou alcançar a vitória apontasse para a eternidade o meu coração estaria exultante, porém são maneiras de receber mais de Deus e de receber vitórias aqui e, na maioria das vezes, na área da vida financeira. Temos assistido a formação de crentes “consumidores” e “mercenários” que simplesmente buscam a melhor das ofertas, mas que jamais ouviram falar da verdadeira e maior das ofertas que alguém já fez ela foi feita por Cristo Jesus e nos diz assim: “Na Casa do Pai existem muitas moradas e eu vou preparar lugar para vocês”!


Jesus está falando dos dias melhores, dos dias de paz, dos dias em que seremos para sempre, mas eu tenho certeza que para VOCÊ, querido leitor, O AQUI E O AGORA tem sido mais IMPORTANTE, certo?! Se minha suposição estiver errada, perdoe-me, mas é que não tenho conseguido enxergar essa esperança na vida e palavras dos crentes que conheço e convivo. Se você é um destes casos de omissão e vida imediatista tome postura e prove-me o contrário. Perdão pela dureza, mas não falo por mim, e sim, por aquele que me chamou e tem me ungido e iluminado a cada dia.


Que o Senhor nos abençoe e que eu não precise ouvir Jota Quest toda vez que quiser ouvir falar da eternidade e dos dias eternos, mesmo porque a Escritura tem nos relembrado desta verdade todos os dias, por mais que os pregadores e compositores tenham rasgado estas páginas de suas Bíblias.


Encerro com um trecho de um antigo e também um dos mais belos hinos que conheço e que falam da volta do meu Senhor:


“Quando enfim chegar o diaDa vitória do meu rei,Quando enfim chegar o diaPela GRAÇA DE JESUS eu lá estarei!”


Que possamos ansiosos esperar a volta do nosso Rei para vivenciar ao Seu lado os gloriosos dias da eternidade!


MARANATA, vem depressa Senhor Jesus!!!


Fonte: Cristinanismo Pensante


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Comentário do Eclesia:


O que posso dizer?


Tão somente: Oh maravilhosa graça!!! Graça Comum de Deus sobre toda a carne!!! Graça que nos deu Jota Quest e tantos outros que mesmo não sendo conhecedores da Graça que liberta manisfestam a verdade de Deus em suas palavras.


Tomara os cantores "góspeis" de plantão leiam este texto e quem sabe se convertam à verdadeira musica que glorifica a Deus!


Marcelo Batista Dias

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

“Não é bom que o homem esteja só”



“É de sonho e de pó o destino de um só (...) é de laço e de nó de gibeira, o jiló dessa vida cumprida à só”*.


O que o poeta Renato Teixeira expressa de forma tão sofrida nestes versos, retrata a dura realidade que sofre todo ser humano que quer viver independente. Não é só o caipira que tem uma vida solitária. Na verdade é mais comum encontrar solitários nas grandes "selvas de pedra", do que no campo. Definitivamente “não é bom que o homem esteja só”.


Parodiando Dom Pedro I : Independência é morte! O homem cortou seu relacionamento com seu Criador e decretou sua morte. No Éden ele cortou o “umbigo” que o manteria nutrido para sempre da verdadeira vida. O homem quis nascer por si mesmo e morreu.


Por isso o destino de um só, ou de um solitário, é tão amargo. Tanto que o poeta supra o compara ao sabor amargo do jiló. Há quem goste do dito cujo, mas ninguém pode negar que seu amargor incomoda. Definitivamente não é bom vivermos por nossa conta. Não sabemos o que convém. Não sabemos o que é melhor. Não temos onde nos amparar se nosso porto for o próprio coração.


Não nos faltam experiências para provar isso. Quem nunca tentou se virar sozinho e o máximo que conseguiu foi ficar se virando na cama a noite toda?


Por isso meu amigo, se a vida está amarga “que nem” jiló, e se você a sente escapando por entre seus dedos como a areia fina da praia, está na hora de voltar seus olhos para Aquele do colo de quem você nunca deveria ter saído.


Não, ele não fechou a porta atrás de você, pelo contrário você mesmo a fechou. O que Ele fez foi abrir outra porta pra você entrar. A porta que Ele abriu foi a Si mesmo: “Eu sou a porta das ovelhas...” disse Jesus. E essa porta ninguém pode bater na sua cara. Quem entra por essa porta, não só acaba com toda solidão, mas torna encontrar a vida. Vida verdadeira que não escapa por entre os dedos e não dura apenas o tempo de um bom sonho. Vida dura sim, mas não amarga. Vida de lutas, mas de vitoria certa. Isso porque você não estará mais a sós. Terá a presença perene do Selo do Espírito, o mesmo Deus morando em você.


Tirando a parte da romaria pra senhora aparecida, a música de Renato Teixeira nos dá o exemplo correto do que fazer. "Eu que não sei rezar, vim apenas para mostrar meu olhar, meu olhar , meu olhar"*. Se você também não sabe orar... basta mostrar o olhar e olhar para cruz, levantada sim, mas vazia, porque seu antigo Ocupante, está vivo para caminhar ao seu lado para sempre. Deus te abençoe.


Marcelo Batista Dias

* Trechos da musica "Romaria" de Renato Teixeira.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A Galeria das Celebridades da Fé



por Mauricio Almeida


O homem tem perdido a noção de que é um ser moral com responsabilidades; que tem o dever de fazer o que é moralmente correto e de evitar e condenar o que é moralmente incorreto. O homem pós-moderno não crê em absolutos morais ou verdade absoluta. Temos perdido a noção de Bem e Mal.


Anthony Hoekma diz que com a perda dos valores morais, os heróis (pessoas que encarnavam qualidades morais que os outros valorizavam e imitavam), foram substituídos pelas celebridades (pessoas que querem ser imitadas, mas não encarnam nada de bom e só são conhecidas por serem conhecidas).


Hoekma diz que o herói se distinguia pelo seu feito; a celebridade pela sua imagem ou marca. O herói se criou, a celebridade é criada pela mídia. O herói era um grande homem; a celebridade é um grande nome. É a nossa cultura comercial (voltada para os lucros) que produz a celebridade, mas era a cultura moral (voltada para o que é bom e correto) que elevava o herói. A celebridade substituiu o herói e a imagem substituiu o caráter. O homem de antes preferia ser correto a ser presidente, o de hoje prefere ser presidente a ser correto.


Os evangélicos acompanharam essa tendência mundana de culto às celebridades, e produziram as suas próprias, isso sem falar nas que foram "importadas" do meio secular (se já não consegue vender lá, vira "crente" e bomba no meio gospel). Hoje temos de tudo: imitador do Roberto Carlos, do Renato Russo e dos Dj’s e MC’s. Músicas vazias, mas com uma ‘batida legal’, é o que se vê hoje por aí.


O caráter não importa... Você se lembra de um ‘grande’ cantor ‘evangélico’ que fazia propaganda de si mesmo dizendo que era um ex ‘Paralamas do Sucesso’? Mentira descarada e deslavada; ele nunca fez parte nem do ‘para-choque’, quem dirá dos ‘Paralamas’. Mas o dito cujo continua por aí, cantando.


E o ‘famoso’ cantor que traiu a esposa com a secretária? Continua na ‘unção’!
As celebridades estão enchendo os estádios e os bolsos com seus cachês absurdos. Enquanto isso, onde estão os heróis da fé da música evangélica? Onde aqueles que não compõem e cantam o que vende, mas o que edifica? Quem compra seus CD’s? Quem os chama para cantar?


Ah! Que saudade daqueles homens e mulheres que até ganhavam algum dinheiro louvando, mas não louvavam para ganhar dinheiro.


sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Minhas sinceras desculpas aos adeptos da Teologia da Prosperidade



Por Maurício Almeida

Sempre fui um crítico ferrenho da teologia da prosperidade, por que não via para ela base bíblica.

Mas agora tudo isso mudou; de repente compreendi o quanto estava enganado. Gostaria de compartilhar aqui minhas descobertas das evidências bíblicas da Teologia da Prosperidade, dando exemplos de pessoas que prosperaram nas Escrituras:

1 – Jesus: quando começou seu ministério não tinha onde reclinar a cabeça; mas, três anos depois, ele foi sepultado num túmulo novinho em folha escavado na rocha (isso era a Ferrari dos túmulos da época). Ele ficou tão rico que tinha até tesoureiro pra cuidar de seus recursos (Jo 13.29).

2 – Paulo: Este sim enriqueceu e muito; disse que tinha experiência tanto de fartura quanto de escassez; certamente que a fartura ele teve depois da conversão e a escassez antes. Além de ter viajado pelo mundo inteiro, fez cruzeiros pelo Mediterrâneo e, no fim da vida, morou numa casa na capital, com guarda-costas à sua disposição 24 horas por dia (At 28.16 e 30).

3 – Apóstolo João: Esse foi o que mais se deu bem na vida por causa do Evangelho. Como crente não fica doente, morreu de velhice. Morou à beira-mar, numa ilha, igualzinho o Ivo Pitangui. Ô vida mansa (Ap 1.9).

Mas essa prosperidade toda não ficou só lá no primeiro século da era cristã; hoje vemos a prova clara de que a Teologia da Prosperidade funciona mesmo: o Valdemiro, o Macedo, o Marcos Feliciano (e tantos outros) estão podres de rico.

E aí? Vamos comprar a Bíblia de R$ 900,00 do Malafaia para receber toda esta unção financeira?

Fonte: Rev. Maurício Almeida

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O desabafo de um terrorista



Atenção: Não leia se você não for um cristão maduro.


Há poucos dias me acusaram de terrorismo espiritual. Disseram-me que eu “apresento aos não crentes um Deus cruel e vingativo que castiga os filhos todo dia”. O que fiz foi dar uma revisada em todos os sermões que preguei este ano. Depois disto eu confesso que me senti incomodado comigo mesmo. Penso que poderia ter aliviado mais. Afinal de contas, as pessoas já têm problemas demais em suas vidas para ter que chegar à igreja no domingo à noite e ouvir um reles seminarista falar que são pecadores miseráveis e carecem da glória de Deus.


Enquanto pensava com meus botões sobre isso, me lembrei de um amigo seminarista que me disse que “nossa raça” só sabe falar de pecado e que por isso mesmo, algumas igrejas relutam em nos convidar. A razão para isso eu creio, é que a maioria de nós não tem muito com que se preocupar por enquanto. Muitos ainda são solteiros. Nossos corações batem forte no auge da revolução da Palavra de Deus que nos transformou de pecadores perdidos em filhos amados. Podemos falar o que sentimos sem ter que nos preocupar depois em sermos chamados à atenção por termos pisado no calo do presbítero “fulano” que apesar de ter um filho que só dá problema pra igreja, é responsável por 40% dos dízimos arrecadados nela.


Triste sorte a nossa! E triste sorte a dos nossos pastores! Ambos fadados a ver seus ideais sendo enterrados dia após dia para não ter que ver seus filhos chorando de fome ou revoltados com a igreja por que seus pais são sempre humilhados e não podem reclamar! Triste sorte a da igreja que em nome da boa vizinhança humilha seu pastor ou acusa seu seminarista de terrorismo só por que pregam a Palavra de Deus!


Triste sorte a de Cristo, que pregou a verdade para um povo que preferiu o pai da mentira e vê seus novos co-irmãos se unindo à corja dos que não vendem o evangelho, mas também não compram!


Desculpem o desabafo... isso passa...



Marcelo Batista Dias, o terrorista.

Bíblia On Line