segunda-feira, 30 de agosto de 2010

13° Aniversário da I. P. Nova Baden

Este ano comemoramos 13 anos de existência. Grandes foram as lutas e todas vencidas graças a Deus. Muitas ainda hão de vir. Mas sabemos que Deus há de nos honrar em todas. Louvado seja o nome do Senhor.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O motoboy que “habita” em nós


Uma das figuras mais estigmatizadas das grandes cidades é o motoboy. Piloto há alguns anos e sei bem o que é isso. Muitas vezes somos hostilizados no trânsito por conta de alguns motoboys que fazem do trânsito das grandes cidades um verdadeiro caos. Mas ao pensar nos motoboys (genericamente falando) me vem à mente que todos nós temos um “habitando” em nós.

Pense bem. Motoboys em geral são imprudentes. Fazem manobras muitas vezes radicais pondo em risco sua vida e de outros no trânsito. Eles não têm limite quando se trata de avançar. Por entre os carros, em corredores, parados ou em movimento, eles avançam, não sem quebrar uma série de leis e trazer prejuízos com retrovisores e pára-choques arrancados violentamente.

Assim também nós, muitas vezes somos imprudentes. Fazemos manobras políticas nos relacionamentos com o próximo, e às vezes com Deus, e assim ferimos a nós mesmos e aos outros. Muitos “crentes” não têm limites quando se trata de avançar. Passando por cima de irmãos, marchando “pró-féticamente”, avançando sobre o “inimigo” (muitas vezes seu companheiro de banco), para alcançar a “benção”, não sem quebrar uma série de mandamentos divinos e trazendo prejuízo à fé dos muitos crentes sinceros.

Mas os motoboys são também de certa forma heróis. Geralmente eles encaram os serviços que nem eu, nem você, estaríamos dispostos a encarar. O que seria de nossas pizzas de fim semana, se não fosse por um motoboy, muitas vezes pai de família, que se dispõem, mesmo que isso represente enfrentar os perigos das ruas às altas horas, debaixo de chuva, para entregá-la quentinha em nossas casas? O que seria de nós sem aquele “famigerado” motoboy que tanto praguejamos na rua, nos momentos que precisávamos daquele remédio e não tínhamos sequer como ir à farmácia? Ele é o cara que se abstêm do próprio conforto para que o nosso seja mantido. É claro que eles têm sua recompensa também. Afinal “digno é o trabalhador de seu salário” (mesmo sendo pouco).

O problema é que esse motoboy geralmente NÃO “habita” em nós. Quantos crentes você conhece que deixa o conforto de sua cama para ir chorar com você quando sua vida parece desabar sobre a sua cabeça à alta madrugada? Quantos “profetas” você conhece que pagam o preço ao invés de receber o preço de uma vida de oração? Quanto tempo você tem tirado para servir ao invés de querer sempre ser servido? Quantos crentes você conhece que “jura com dano próprio e não se retrata” (Slm 15.4)? Quantos você conhece que pensa mais nos outros que em si mesmos? Quantos de nós estamos dispostos a sofrer pelo bem estar dos outros, mesmo que isso signifique receber algo em troca?

Por mais estigmatizados que sejam, temos que reconhecer que o que esses motoboys fazem de ruim trânsito, nós fazemos na igreja, e o que eles fazem que é louvável, não fazemos para com nossos irmãos. É mais ou menos como Paulo diz: “o bem que eu quero não faço, mas o mal que não quero, esse faço”. Que Deus tenha misericórdia de nós.

Marcelo Batista Dias

Ps. 1: O autor fala genericamente. Nem todos os motoboys são assim, assim como nem todos os crentes também.

Ps. 2: Nenhum motoboy foi maltratado neste post.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Porque cada dia mais as pessoas cometem crimes por motivos banais?


Assisti neste ultimo domingo uma reportagem no Fantástico, que tentou responder a pergunta acima. O resultado da reportagem – NENHUM. A reportagem terminou e não ofereceu resposta ao que ela mesma propôs. A opinião deste autor é que, a Globo não respondeu a questão que ela levantou, porque ela não tem a resposta.

Deus em sua Palavra é o único que pode nos dar esta resposta. A Bíblia apresenta logo no início de seus registros, um crime por motivo banal. Caim, o filho mais velho de Adão e Eva, matou seu irmão mais novo Abel, “apenas” porque sua oferta não foi aceita por Deus, ao passo que a de seu irmão foi. O problema não estava em Abel, nem na oferta, nem em Deus, mas em Caim – “ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante (Gn 4:5). Em suma, a inveja, um pecado “recém-chegado” ao mundo, levou Caim a matar seu irmão. O fato é que desde que o pecado entrou no mundo a vida perdeu seu valor. Afastado de Deus, o homem está entregue a si mesmo. E para o homem caído, nada e nem ninguém tem mais valor que sua própria pessoa.

O humanismo achou que seria o resgate do homem. Era a maravilha da filosofia de Protágoras posta em prática. Mas o tempo passou e o que resta é o fato claro de que o homem não pode resgatar a si mesmo, nem a sua dignidade. Para Sartre somos uma paixão inútil. Para os Engenheiros do Hawaii “estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar”. Enfim, seja para um filósofo moderno ou para uma banda de rock brasileira pós-moderna, a vida perdeu o sentido e o ser humano também. Uma demonstração clara está no fato de que logo após a trágica reportagem, a dor das vitimas é substituída pela “alegria” dos gols do campeonato brasileiro. Tudo volta ao “normal”, a vida continua e continuamos sem valor.

Só existe um lugar onde pode ser resgatada a dignidade do homem – na Cruz. Em Cristo somos ligados de novo a Deus e somos recuperados em nossa dignidade. Somente nele, a imagem do Deus invisível presente no homem na criação e distorcida na queda, pode ser restaurada. Só em Cristo o homem reencontra valor. Em Cristo somos “nova criação” (2Co 5.17). Refeitos de glória em glória, segundo a imagem daquele que nos chamou (2Co 3.18). Somos revestidos “do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”(Cl 3:10).

Portanto a resposta à questão acima é: porque a cada dia que passa o homem se aprofunda no pecado e se afasta mais de Deus. Somente uma transformação que tenha seu ponto de partida na cruz pode mudar esse quadro. E nesse ponto nós, os cristãos protestantes, precisamos rever nossa postura, pois o evangelho que confronta o pecado e o pecador tem sido abandonado em detrimento de promessas mirabolantes de satisfação pessoal ou por uma graça, um amor de Deus que não constrange mais a ninguém (2Co 5.14) à mudança de vida.

Que Deus nos dê o discernimento necessário.

Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ouvindo a Jesus em João 4.14 – John Piper




Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.

Ao me ajoelhar naquela manhã de segunda-feira, durante meu devocional, disse: "Ó Senhor, tem misericórdia de mim, pecador! Ajuda-me. Por favor, vem e restaura a minha alma". Em seguida, perguntei calmamente: "Senhor Jesus, o que querias dizer quando falaste: 'Aquele... que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede'? Estou com sede nesta manhã. Ouvi meu colega David Livingston dizendo, ontem à noite, que ele tem sede. Quase todo crente que vem ao meu escritório tem sede. Qual era a tua intenção ao dizer que aqueles que bebessem da tua água não teriam mais sede? Não temos bebido? Esta promessa é vã?"

O Senhor respondeu. Ele me mostrou o resto do versículo, e derramou sobre ele uma luz que nunca vira antes. João 4.14 começa assim: "Aquele... que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede". Isso foi o que me levou a clamar: "O que pretendias dizer? Estou tão sedento! Minha igreja está sedenta! Os pastores com quem eu oro estão com sede! O Jesus, o que querias dizer?"

Jesus respondeu da única maneira pela qual sei que Ele respon¬de. Abriu-me os olhos para ver o significado do que disse na Bíblia. Eu já havia memorizado esse versículo na manhã do domingo, para a minha própria alma e para um possível uso na oração pastoral. Assim, enquanto eu orava, os elementos da comunicação divina estavam no seu devido lugar. (Oh! que percepção perdemos quando não memorizamos mais das Escrituras!)

Enquanto eu suplicava, a segunda parte do versículo falou por si mesma. Jesus disse: "Pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Com estas palavras, veio a resposta. Não era uma voz audível, e sim, a voz de Jesus, na Palavra iluminada e aplicada pelo Espírito Santo.

A resposta era assim: quando bebem da minha água, a sede de vocês não é aniquilada para sempre. Se isso acontecesse, vocês sentiriam, posteriormente, qualquer necessidade de minha água? Esse não é meu objetivo. Não quero santos auto-suficientes. Quando bebem da minha água, ela se torna uma fonte em vocês. Uma fonte satisfaz a sede, não por remover a necessidade por água, e sim por estar lá, para lhes dar água sempre que têm sede. Vez após vez! Como nesta manhã. Portanto, beba, John. Beba.

Agora, enquanto escrevo, vejo esta verdade preciosa no Salmo 23: "O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará". Apesar disso, clamamos: "O Senhor, hoje eu tenho necessidades! Conheço centenas de pessoas que têm necessidades e confiam em Ti como o pastor delas. Qual a tua intenção ao dizer que nada nos faltará?"

Agora, aprendemos uma lição. Primeiramente, clamamos. Depois, lemos: "Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma". Refrigera-me. Isso significa que as necessidades surgem em minha alma, e, então, o Senhor Jesus as satisfaz. Elas surgem novamente; Ele as satisfaz. A vida é um ritmo de necessidade e suprimento — e, às vezes, um ritmo de perigo e livramento. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte...". O vale se tornará (novamente) em verdes pastos, e as águas tranqüilas fluirão (novamente!). Até agora, a fonte está jorrando do interior e o fará para sempre. Por que a fonte, em nosso íntimo, não é nós mesmos; é Deus. "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem" (Jo 7.38-39).

A sede é satisfeita pelo Espírito de Cristo revelando-nos a Si mesmo e as suas promessas, para a satisfação de nossa alma. Mas a sede não é obstruída, para que não percamos o impulso de vir a Ele vez após vez, em busca de tudo o que Deus prometeu ser para nós em Jesus.

Aquele que tem sede venha e continue vindo, até que nossa comunhão seja tão íntima, que não haja qualquer distância entre nós e o Senhor.

Publicado por Cristão Hedonista e divulgado pelo Eclesia.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A PALAVRA nas palavras de Thomas Watson

Thomas Watson (1620 - 1686)

"Embora Thomas Watson tenha escrito muitos livros preciosos, comparativamente pouco se sabe de sua pessoa. Seus escritos são suas melhores memórias. Ele talvez não precisasse de outras e, portanto, a providência evitou o desnecessário. [...]A genealogia de Thomas Watson não lhe atribuiu fama, mas todo o seu brilho provém de suas realizações". (fonte: Jossemar Bessa)

As palavras abaixo foram extraídas de sua obra prima 'A Body of Dinity', lançada em 2009 no Brasil pela editora Cultura Cristã sob o titulo de 'A Fé Cristã'. Nesta obra Watson faz uma série de estudos fundamentados no Breve Catecismo de Westminster. São palavras que nos levam a refletir em como temos visto a Palavra de Deus e valorizá-la mais. Pense bem no que você lerá a seguir e medite bem.

“O material das Escrituras é tão cheio de bondade, de justiça e de santidade que não poderia ter sido inspirado por mais ninguém, a não ser Deus”.

“De cima da torre das Escrituras é lançado uma mó na cabeça do pecado”.

“As Escrituras são a lei real que comanda as ações e as afeições; conecta o coração ao bom comportamento”.

“Ler outros livros pode aquecer o coração, mas ler a Bíblia transforma”.

“Todas as máximas na teologia devem ser levadas ao teste das Escrituras, assim como todas as medidas são comparadas ao padrão”.

“O propósito da Palavra é ser um teste pelo qual nossa graça deve ser testada, uma bóia de demarcação marítima para nos mostrar quais rochas devem ser evitadas. A Palavra deve sublimar e saciar nossas afeições. Deve ser diretiva e consoladora, deve soprar na direção da terra prometida”.

“Nada pode cortar o diamante senão o diamante; nada pode interpretar as Escrituras, senão as Escrituras”.

“Deus, dando-nos sua Palavra escrita para ser nosso guia, retira todas as desculpas dos homens”.

“Até que estejamos acima do pecado, não estaremos acima das Escrituras”.

“Nenhum homem fale de uma revelação do Espírito senão sob suspeita de ser um impostor”.

“Aquele que forja uma nova luz, que esteja acima ou contrário à Palavra, viola tanto a si mesmo quanto ao Espírito: sua luz é tomada emprestada daquele que transforma a si mesmo em um anjo de luz”.

“Quem Deus pretende destruir, deixa brincar com as Escrituras”. (Watson citando Lutero)

“Sacie seu coração com a Palavra, vá até ela para buscar fogo”.

“Empenhe-se de maneira que a Palavra não seja somente uma lâmpada para orientar, mas um fogo para aquecer”.

“Leia as Escrituras não somente como uma historia, mas como uma carta de amor enviada por Deus, que pode afetar os corações”.

“A Palavra é o campo onde Cristo, a perola valorosa, está escondido. Nessa mina sagrada nós cavamos não por um pedaço de ouro, mas por um peso de glória”.

“As Escrituras são o plano e a bussola pelos quais velejamos para a Nova Jerusalém”.

“Aqueles que não forem convencidos pela Palavra serão julgados pela Palavra”.

“Que vantagem tem um carpinteiro que deixa o metro no bolso e nunca faz uso dele para medir e esquadrinhar seu trabalho? Também nós, que vantagem temos se não usamos a Palavra e não regemos nossas vidas por ela?”.

“Que desonra é para a religião que homens vivam em contradição com as Escrituras”.

“Que tenhamos conversas bíblicas”.

“As Escrituras são nosso livro de evidencias do céu”.

“Que grande misericórdia de Deus, pois não somente nos dá a conhecer sua vontade, mas a deu por escrito”.

“Devemos ser agradecidos a Deus por revelar seu pensamento a nós por escrito”.

“Não somos deixados em suspense duvidoso de maneira a não saber no que crer, mas temos uma regra infalível pela qual nos basear”.

“É uma questão de gratidão que as Escrituras foram feitas inteligíveis”.

“As mesmas Escrituras para que outros é uma letra morta, para você devem ser sinônimo de vida”.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Chorei de novo!

Por: Marcelo Batista Dias

As lágrimas rolaram enfim. Era impossível que não fosse assim. Seria impossível retê-las depois de ouvir “Canções à meia-noite”, do Stênio Marcius. Não apenas a musica tema, mas todo o cd é profundamente impactante.

Chorei sim. Chorei como há muito não chorava. Quem não chorará ao ouvir “Senhor do Tempo”? Ou quem é capaz de resistir firme e impassível diante “Alguém como eu”?

Não, eu não recebo comissão. Infelizmente, por enquanto, nem conheço o Stênio pessoalmente. Mas suas canções são primorosas. Dá gosto de ouvir. Não são apenas musicas evangélicas. Ao contrário, é, e tem tudo o que a musica gospel brasileira atual não pode fornecer. Estou consciente do risco das generalizações, mas falo sem temer que a musica gospel brasileira está um caos.

A musica do Stênio não tem fogo. Não tem chuva. Não tem ninguém prometendo vitória. Não é cheia tons e semitons melosos. Não é recheada com gemidos exprimidos forçados pra provocarem emocionalismo barato. É a simples, inteligente, criativa e muito bem confeccionada poesia bíblica.

A musica do Stênio alimenta a alma. É carregada da Palavra. E se não a temos visto nos púlpitos de grande parte das igrejas brasileiras, pelo menos a temos cantada em verso e prosa.

A músico do Stênio é também cheia de unção. Não da “unchão” gospel, mas da unção de quem realmente está interessado em glorificar a Deus e proclamar o Reino, não em vender Cd. Unção de quem tem o coração quebrantado e submisso a Deus.

Quero ser justo. Por isso mesmo afirmo que o Stênio não é o unico. Tem muita gente boa como ele nos mais variados estilos musicais. Deus tem conservado seus "sete mil joelhos" que não tem se dobrado ao brilho do estrelato gospel. E isso não mérito de ninguém a não ser Dele mesmo. O Soberano Senhor que não se deixa sem testemunho.

Quem quiser ter uma boa prévia do conteúdo do disco é só acessar o site do Nelson Bomilcar e poderá se deleitar com um “fino manjar”. E se as lágrimas aparecerem, não as retenha. Eu não as contive e me sinto muito à vontade com isso. Sou grato e glorifico a Deus que também "me criou de forma maravilhosa", e me deu a oportunidade de ser edificado por mais um instrumento Seu.

O vídeo abaixo mostra a musica "Alguém como eu". É apenas uma amostra. O todo é ainda melhor.

Bíblia On Line