quinta-feira, 23 de junho de 2011

Chamados para fora



Mt 11.28-30

Você está satisfeito com a vida que tem levado? Gosta do que Deus tem feito por você?

Se sente confortável no seu banco? Acha que Cristo está cumprindo essa promessa direitinho e te dando uma vida de alívio e conforto?

Se você acha que sim, você tem um problema. Mas se você acha que não, você também tem um problema. O problema para essas duas formas de pensamento é que elas demonstram falta de compreensão do real significado do chamado ou da vocação cristã.

O chamado de Cristo é um chamado para fora:

1. Para fora do nosso eu;

Cristo havia acabado de dizer (v. 27) que a obra de reconciliação com o Pai havia sido entregue a ele.

Somente ele pode apresentar o Pai, pois só ele conhece o Pai. Este conhecimento é um conhecimento provindo de intimidade. Só Cristo tem o verdadeiro e intimo conhecimento do Pai.

Assim, aquele que quiser ter um encontro e um relacionamento íntimo com o Pai, deve fugir da prática religiosa dos fariseus e ir até ele.

Cristo chama a todos para um relacionamento próximo e intimo com ele.

O chamado de Cristo é para si mesmo. Ele convida seus ouvintes a se aproximarem dele.

Fomos chamados primariamente para um relacionamento íntimo e pessoal com Cristo.

É um chamado para o contato, para o relacionamento, para a intimidade com Cristo, para Cristo.

Não é um chamado para buscar um remédio em Cristo, mas para o próprio Cristo.

É um chamado para fora de nós.

É um chamado para esquecermos nosso eu.

É um chamado para centralidade em Cristo.

Como Paulo, somos chamados para deixarmos de viver em nós.

É um chamado para que vivamos em Cristo e ele viva em nós.

2. Para fora do nosso status quo;

Status quo significa literalmente “estado atual”.

O que Cristo está propondo a seus ouvintes é que deixassem a vida religiosa que viviam, e que os sobrecarregavam e assumisse uma vida debaixo de seu jugo e de seu fardo.

Interessante neste texto é que Cristo oferece descanso e alivio oferecendo jugo, fardo.

Cristo não propõe a retirada de fardos, mas uma troca de fardos – nossos fardos pelos seus fardos.

Nossos sofrimentos pelos seus sofrimentos.

Nossas vontades por sua vontade.

Nosso autoconhecimento pelo conhecimento dele.

Nossa vida, pela vida dele.

Levando em consideração que nosso status quo é uma interpretação errônea do chamado de Cristo, ele está nos chamando para uma mudança.

É a mudança de um estado atual de sofrimento religioso por outro estado de sofrimento cristão. Com a diferença que o sofrimento por Cristo é compensador enquanto que o sofrimento religioso é destruidor.

Cristo esta nos chamando para fora da zona de conforto, para fora da cidade, para fora da religiosidade morta dos fariseus, para fora do tradicionalismo.

E é nessa atitude de entrega total e total submissão a Cristo que encontramos conforto.

Não encontramos conforto vivendo para nós mesmos e empurrando Cristo com a barriga. Deixando Cristo para a sobra de tempo mixuruca que temos depois de correr atrás de nossos anseios e desejos. Como a religiosidade faz conosco.

Encontramos paz, consolo e conforto deixando nossos fardos, nossos sonhos, nossos desejos e vontades aos pés de Cristo enquanto tomamos o seu fardo, seu jugo, sua cruz e nos expomos a sofrer com ele e por ele.

Conclusão:

É na gloria de Cristo que somos glorificados.

É agradando a Cristo que somos agradados.

É satisfazendo a Cristo que somos satisfeitos.

É carregando o fardo de Cristo que somos aliviados.

Nosso prazer está na glória de Deus.

Por isso irmãos.

Vamos para fora.

Vamos até Cristo.

Saiamos de nós mesmos.

Deixemos a nós mesmos.

Assumamos a vida de Cristo com tudo que ela representa.

Marcelo Batista Dias

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