Falar de serviço em nossos dias é algo muito difícil. O
materialismo, fomentado em parte pelo desenvolvimento econômico que temos
desfrutado em nossa nação, nos levou a um contexto onde o termo ‘serviço’
ganhou a conotação de atividade remunerada. Algo que se faz em troca de uma
recompensa, seja financeira ou não.
Servir é algo que não gostamos muito de fazer. Preferimos
ser servidos. Servimos-nos de coisas das mais diversas para facilitar nossa
vida ao máximo. Pior mesmo é quando passamos a nos servir de pessoas. Alguém
disse certa vez que antigamente amávamos as pessoas e usávamos as coisas, mas hoje
nos tornamos tão mesquinhos ao ponto de amar as coisas e usar as pessoas.
Isso devia nos causar vergonha! Sabe por quê? Porque quando
olhamos para o Novo Testamento nos deparamos com a realidade de que Deus deixou
sua glória na pessoa de Seu Filho Jesus e se tornou um servo. E ‘servo’
significa escravo, alguém que não tem vontade própria, que se anula em função
daquele que é seu senhor, ou o alvo de seu serviço.
Assim Deus dá um “tapa de luva” nessa geração
auto-suficiente que, cheia de si mesma, vive um cristianismo sanguessuga: me
dá, me dá, me dá! Deus nos confronta quando traz à nossa visão a imagem do
Cristo crucificado, derramando seu sangue em favor dos mais vis pecadores: eu e
você.
Sim, eu e você fomos chamados a ser servos. Fomos chamados a
eliminar nosso senso de auto-satisfação e viver em função de satisfazer Àquele
que por nós morreu e ressuscitou (2Co 5.15). Fomos vocacionados por Deus para
glorificá-lo em serviço de amor a Ele e ao seu povo.
Nas Palavras de Paulo: “Seja a atitude de vocês a
mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a
Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser
servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana,
humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”.
Filipenses 2:5-8 (Nova Versão Internacional)
Que Deus tenha misericórdia de nós!
Marcelo Batista Dias
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