Este trecho foi extraído da Carta Pastoral e Teológica sobre liturgia na IPB, produzida no ultimo Supremo Concilio da igreja e distribuído às igrejas locais este ano. Ele nos induz a uma reflexão pessoal sobre o culto que temos oferecido a Deus.
Não é difícil notar que a cultura materialista e imediatista de nossos dias tem interferido significativamente na nossa concepção de culto e vida religiosa. Entramos em um circulo vicioso de trabalho e busca de crescimento pessoal, que a vida religiosa se tornou apenas isso – religiosidade ensimesmada, sem sentido e meritória. Senão vejamos:
Muitos de nós só vai à igreja para cumprir um compromisso formal, ao qual se acostumou ao longo dos anos. Este estilo de religião existe apenas para atender a si mesma. Apenas cumpre com seus costumes e normas. Não há vida. Não há entendimento. Só um mecanismo de retroalimentação onde nem mesmo o individuo religioso cresce, ele apenas incha.
Muitos de nós procuramos a igreja mais intensamente apenas quando necessitamos de oração por determinada situação que estamos vivendo. É uma cultura experiencialista. Cada busca é motivada por um desejo experimental específico como uma casa, um carro, um emprego, um marido ou esposa, etc. A cada desejo conquistado, busca-se outro desejo para substituí-lo a fim de continuar produzindo motivação ao “culto”. Isso é um circulo vicioso. Uma vida em voltas, sem rumo, sem objetivo, sem sentido algum.
E por fim a grande maioria de nós confia que seremos salvos apenas porque estamos em uma igreja. Ainda que neguemos isso, essa é a realidade. Esperamos que Deus nos veja e se lembre de quanto ajudamos nos louvor da igreja, de quanto nos afadigamos nos trabalhos das sociedades internas, ou mesmo de nossos relatórios de final de ano e se compadeça de nós deixando-nos entrar no seu Céu. Isso é religião meritória e não é fruto de fé e graça.
O culto que Deus requer de nós é muito mais que uma mera expressão externa de formalismo religioso. É muito mais que um simples vir, comparecer à igreja e assistir a um culto. Aliás esta é uma expressão que me dói aos ouvidos. Não existe a idéia de “assistir um culto”. Culto é prestado, é oferecido e isso em um exercício, trabalho, serviço pessoal de adoração a Deus. É sacrifício “vivo, santo e agradável a Deus (...) culto racional” (Rm 12.1,2).
Culto é uma expressão interna de uma vida realmente mudada que se prostra com alegria e temor, compreendendo sua real condição de miserável pecador e dependente exclusivamente da Graça do Senhor.
E aí? Continua achando que o culto na sua igreja é bom? Se é, pra quem?
Pense nisso!
Um comentário:
Graça e paz irmão. =)
Me desculpe estar lhe falando sobre isso aqui, por um comentário. Mas rogo encarecidamente ao irmão, que nos ajude a divulgar um texto intitulado "Manifesto Cristão" que vai no link abaixo.
http://aounicodeusverdadeiro.blogspot.com/2011/07/manifesto-cristao.html
O texto é apenas uma adaptação de vários textos de autores Cristãos. A intenção é apenas levar esta palavra ao maior número de pessoas possível. Isso é um manifesto contra o evangelicalismo moderno, que tem enganado muitas pessoas e desonrado ao nosso amado Senhor Jesus.
Leia o texto, e se achar pertinente postar em seu blog, ficarei imensamente honrado e agradecido. Se conhecer outras pessoas ou blogueiros que possivelmente se interessariam em divulga-los, seriam maravilhoso também. Se você não quiser, não precisa citar fonte nem nada desse tipo. Só a publicação do conteúdo, para o conhecimento das pessoas, já seria uma benção sem tamanho.
Desculpe qualquer incômodo. Desde já, grato pela atenção. =D
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Victor Silva
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