sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JESUS ERA ….. PERIPATÉTICO


(Max Gehringer)

Fonte: André Fonseca

Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo de treinadores voluntários. Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e tínhamos até um lema: ‘Para poder ensinar, antes é preciso aprender’ (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai).


Um dia, nos reunimos para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários. Estava claro que o método convencional – botar todo mundo numa sala – não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho. Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento.E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira.


Aliás, pensou alto: – Jesus era peripatético…


Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor. E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.


- Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto – disse a Laura.


- Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo – emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi amparado por um silêncio geral.


- Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento – ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos.


- Mas eu até vejo uma razão para isso…


- Que é isso, Sales? Que razão?


- Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.


- Não diga!


- Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia…


Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou. Mas nem percebeu a hostilidade. Já entrou falando:


— Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas…


Por que vocês estão me olhando desse jeito?


- Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem…


- Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos.


Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz.

Teríamos uma bela mensagem moral e o deslocamento físico… Mas que cara é essa?… Peripatético quer dizer ‘o que ensina caminhando’.


E nós ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de nós ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário. Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender.


Finalmente, aprendemos. Duas coisas. A primeira é: o fato de todos estarem de acordo não transforma o falso em verdadeiro. E a segunda é que a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime. (negrito do blog)


(Artigo escrito por Max Gehringer publicado na Revista VOCÊ SA.)


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Comentário do Eclesia


Não pude deixar de notar a pertinencia deste texto logo quando li. Especialmente a parte em negrito.


A experiencia do Max é uma fantástica exposição do caótico quadro do evangelicalismo brasileiro. Eu sei que minha generalização dói, mas fazer o quê?


A realidade é que estamos discursando sobre o que na maioria das vezes não sabemos, ensinando coisas que na maioria das vezes não experimentamos, e criando caso por coisas que a gente na maioria das vezes não entende.


Fala que não é assim que a maioria dos crentes (especialmente os "evangélicos") brasileiros vive?


Mas quero me ater de fato na conclusão do Max.


A primeira é uma afirmação direta para aqueles que gostam de ir com a maioria. Só porque a maioria das igrejas canta, a maioria dos pastores prega, a maioria dos crentes falam não quer dizer que essas heresias propagadas como por exemplo a confissão positiva, teologia da properidade, profetas e profetadas, são verdadeiras. A mentira do diabo na boca dos mercadores do evangelho, não se torna verdade de Deus só porque é confessada pela maioria dos pastores e alguns bispos e 'apóstolos' por aí.


A segunda afirmação para mim então é fantástica! Quando estamos vivendo em ambiente academico percebemos que o academicismo produz muitas divergencias. Mas nada produz mais discórdia, confusão, marcas e dores do que a IGNORÂNCIA. Ela é realmente unânime.

Como dizia o profeta:


"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento." Oseias 4:6


Que Deus tenha misericórdia de nós!

Marcelo Batista Dias




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Misticismo Cristão no Natal - Resposta ao Leitor

"Só gostaria que me ajudasse a esclarecer uma coisa: existem uns loucos por aí dizendo que a guirlanda é maldita poi significa a coroa de espinhos, papai noel é maldito pois tem a mesma malignidade do rei momo, o pinheiro de Natal é maldito pois tem a malignidade de Baal onde faziam sacrifícios a ele, as bolas de Natal eram cabeças de crianças decaptadas...Não creio em nada disso, mas gostaria da sua opinião sobre isso!" - Ivelise.

Oi Ivelise! Bom te ver por aqui. Seus comentários são sempre presentes e pertinentes e isso deixa qualquer blogueiro feliz. Desculpe-me a demora em responder, estou bastante apertado neste final de semestre.

Bom vamos lá. Estas pessoas de que você está falando não são loucas (apesar que de vez em quando dá vontade de internar alguns - hehe). Elas estão "apenas" envolvidas com o "bom" e velho misticismo que assola a Igreja desde os primeiros séculos.

Esse negócio de ver o diabo em tudo é algo muito comum em alguns crentes místicos que desconhecem a verdade de que tudo neste mundo é de Deus, e isso inclui o diabo. Como disse Calvino, "o diabo é o diabo de Deus".

A meu ver a única "malignidade" ou "maldição" presentes nestes objetos que você citou está no fato de que eles nos afastam da verdade das Escrituras, ou seja, nos desviam do foco principal do Natal - o nascimento do Filho de Deus . Pensando nisto podemos até dizer que são diabólicas. Contudo estes itens não possuem qualquer poder sobrenatural em si mesmos, nem proveniente de qualquer associação simbólica.

Entendo que todo bom cristão faz muito bem em não se associar a qualquer tipo de ideologia natalina que o desvie do verdadeiro foco - Cristo. Com isso quero dizer que não vejo pecado em enfeitar uma árvore de natal, contudo não recomendo que se faça, nem faço apologia a esta prática. Se fizer, exponha claramente a seus filhos que o verdadeiro sentido do natal é o que o Filho de Deus, Jesus, nasceu neste mundo como um relis mortal como eu e você, não para nos fazer uma visitinha cordial, mas para morrer numa cruz por causa dos nossos pecados e nos garantir assim uma vida eterna com Deus. Papai noel não é nada além de um produto de marketing e a arvore ,é apenas um enfeite sem qualquer importancia significativa.

Um grande abraço pra você e sua família.
Marcelo Batista Dias

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Renascer - Uma Igreja Realmente Inclusivista!


Essa Renascer é mesmo uma igreja inclusivista. Até Jesus foi incluído da marcha para Jesus. (clique na foto para ampliar).

Fonte: Pulpito Cristão

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Quando os Cearenses Dominarem o Mundo


Todo mundo sabe que os cearenses estão por toda parte. Em geral, o cearense é aquele sujeito baixinho que é o guardador de carro em São Paulo , o chefe de um restaurante na Madison em Nova York , o designer que bolou o logo da Eurocopa em Portugal, ou mesmo um borracheiro no interior da China. O que pouca gente sabe é que, na verdade, isso é uma bem arquitetada jogada que visa a plantar gente nossa em postos-chave da administração mundial.

Quando estivermos prontos, será deflagrada a grande tomada de poder e meu conselho é que você fique imediatamente amigo ou amante de um cearense, pois sabe como é: pros amigos tudo, para os inimigos, a lei!

Tomaremos o poder a partir de uma senha pré-estabelecida, que só um cearense saberá o significado oculto. Aos berros de ‘Queima Raparigal!’ as hostes de cabeças-chatas invadirão os parlamentos e palácios, além de todos os jornais e redes de TV do mundo livre.

Ninguém desconfiaria que Francisco das Chagas, humilde faxineiro da CNN (futura afiliada da TV Diário), na verdade, é um professor do ITA que rapidamente conectará a rede de Atlanta para nossos propósitos. Invadiremos e tomaremos o Estado de Pernambuco, vamos dinamitar a nossa refinaria que eles roubaram e vamos construir outra lá no Pecém; também vamos extinguir os times Náutico, Santa Cruz e Sport Recife.

Elegeremos um papa cearense, Raimundo I, que canonizará Padre Cícero e determinará que, daí por ,diante, em todas as igrejas católicas a hóstia seja feita com macaxeira, farinha, rapadura, alternadamente ou os três ingredientes juntos. O vinho será uma cachacinha de primeira misturada com ‘Q-SUCO’ de uva. Essa simples bula papal fará com que a economia do Ceará dê um salto. O único problema é achar uma mitra que caiba na cabeça chata do papa, mas nós cearenses sabemos improvisar: Raimundo I usará uma fronha de travesseiro enquanto se encomenda outra.

A literatura de cordel ganhará status de arte maior e Clodoaldo Mastrúcio ganhará o Nobel de Literatura com seu livrinho ‘A moça que engravidou do cavalo e a besta da sua mãe’.

Nas artes plásticas, as garrafinhas com areia colorida, os quadros de Xico
da Silva e as esculturas de Zé Pinto irão ocupar alas e alas do Louvre. Para arranjar espaço, todas aquelas velharias do Turner vão para o museu de Aracati. A Monalisa fica, pois na avaliação de Serotônio Macêdo, novo curador do museu, ela é uma ‘cabôca danada de aprumada’.

O novo Secretário Geral da ONU será Seu Lunga, que resolverá o conflito
Israel/Palestina doando vastas extensões do sertão cearense pros brigões. A ata de doação será concisa e formal. Nas suas palavras: ‘Magote de fio d’uma égua, bando de mulambeiros, a terra é seca do mesmo jeito e o mar é da mesma cor. Deixem de botar boneco que vocês nem vão notar a diferença e o Ceará ainda é maior que aquela tripinha de Gaza’.

A famigerada música cearense tomará o mundo. Numa revanche histórica, as aberturas das novelas globais terão como trilha sonora os seguintes temas: novela das 06h, Belchior, das 07h, Raimundo Fagner, das 08h, Aviões do Forró.

Vamos aperfeiçoar o Oscar. Bolaremos uma categoria que premiará o melhor filme de cangaço, melhor cena de amor numa jangada e melhor mocotó.

O cruzamento mais famoso do Brasil não mais será ‘Ipiranga com Av. São
João’ e sim Barão do Rio Branco com Liberato Barroso. O jornal do 10 será transmitido para todo o mundo com a seguinte noticia:* O rodeio será substituído pela vaquejada; Coca-cola pela água de côco; Garota de Ipanema por Garota da Barra do Ceará; Praia de Copacabana por Praia do Futuro; Fla x Flu por Ceará e Fortaleza, Real Madrid por Ferroviário; Central Park por Parque do Cocó; As torres gêmeas, que já foram destruídas mesmo, por Palácio do Progresso; As melhores faculdades européias pelo Liceu do Ceará;

Demitiremos Gugu Liberato e Faustão e colocaremos em seus lugares João Inácio Jr e Ênio Carlos; Roberto Carlos por Babau do Pandeiro; Funk por Xaxado; Disneylândia por Beach Park; Av. Paulista por Bezerra de Menezes; Canecão por Siará Hall (na Washington Soares é show); Escolas de samba por quadrilhas juninas; Chiclete com banana por Mastruz com Leite;

Colocaremos alguns cearenses nas presidências dos principais países como: França: Cid Gomes (pela ‘delicadeza’ de seus gestos); Cuba: Inácio Arruda; Argentina: Débora Soft (ela é burra mesmo e eu quero mais é que a Argentina se exploda). A primeira ministra da Inglaterra será Patrícia Gomes. A capital do Brasil será Fortaleza. A capital do mundo ainda será Nova York, mas a gente vai rebatizá-la de Nova Quixeramobim e vamos trocar aquela estátua cafona por uma enorme estátua da Índia de Iracema. Yeah!

Não vejo como o plano possa falhar, pois cada vez mais nossos agentes se espalham pelo Brasil e pelo mundo todo. Só nos resta esperar, de preferência no fundo de uma rede, enquanto as engrenagens giram por si. Adeus e até a vitória!

Como sou modesto, quero para mim apenas um título de nobreza e umas terras anexas, de preferência o município de Caucaia que é vizinho da capital e tem belas praias.

Saudações (aos) cearenses!!!
(Autor Desconhecido)

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Homenagem do Eclesia a este povo sofrido e muito amado do nosso vasto sertão brasileiro!
Abraços aos meus irmãos cearenses companheiros de blogosfera!
Marcelo Batista Dias

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sobre fantasias e desejos


“As fantasias precisam ser irrealistas, porque no momento, no instante em que vocês tiverem o que procuram desistem, não vão mais querer aquilo. Para poder continuar existindo, o desejo precisa ter seu objeto eternamente ausente, não é aquilo que vocês querem é a fantasia daquilo então o desejo sustenta fantasias impossíveis”.


Estas palavras foram retiradas do filme “A vida de David Gale”. O filme de Alan Parker é instigador e valioso para as meditações éticas. Estas palavras fazem parte do pressuposto de vida de David, (vivido pelo ator Kevin Spacey) e que vão se mostrar a razão de seu martírio final.


O que mais me impressiona nessas palavras atribuídas ao ensino de Lacan, é a sua semelhança à realidade da sua prática na vida de muitos cristãos de hoje. Para os adeptos da teologia da prosperidade elas são fundamentais. É exatamente isso que os exploradores da fé exploram. Eles sabem que enquanto essa massa incauta tiver desejos, mais eles têm o que explorar. E quanto menos desejos e sonhos ela alcança melhor para seus cofres e bolsos. Por isso eles instigam seus desejos através das ofertas “miraculosas” e às vezes esdrúxulas.


Agora pensemos: Se Deus realmente atendesse a todos os desejos, sonhos, propósitos do nosso coração será que manteríamos nossa fidelidade à Ele? Não é assim que vivemos todos – de desejo em desejo? Não são nossos sonhos e propósitos que nos movem? Infelizmente é exatamente assim. Condenamos os exploradores e os explorados por essa vida medíocre, mas quem de nós pode atirar a primeira pedra? Quem nunca se pegou vivendo por desejos e fantasias? Por isso a segunda declaração se faz altamente importante:


“Viver pelos desejos nunca vai trazer felicidade. O significado de ser inteiramente humano é se esforçar para viver por idéias e ideais e não medir suas vidas por aquilo que ganharam em termos de desejo”.


Eu pergunto: não é isso que Salomão quis dizer com “vaidade de vaidades tudo é vaidade”? Ele diz no final de seu livro: “De tudo o que se tem ouvido a suma é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos, pois isso é o dever de todo homem”.


Assim, o cristianismo é mais que uma relação de reciprocidade entre nós e Deus. É mais do que uma relação de barganha do tipo “toma-lá-da-cá”. É uma relação de entrega total do eu a Ele. É um amoldar pleno aos Seus ideais revelados na Escritura.


Por isso devemos viver pelos ideais de Deus e não pelas dádivas de Deus. Não são nossos desejos que devem nos mover em direção à Ele e sim suas palavras, seu plano e projeto eternos. Até porque, o que de material podemos receber dele aqui, por aqui vai ficar. No entanto Seu ideal de uma vida eterna e plena, de um relacionamento duradouro esse sim, vai durar para sempre. E por esse vale a pena viver.


Marcelo Batista Dias

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Então... é natal né...


É está chegando a hora. Já podemos ver as luzes e as fatídicas decorações dos shoppings sendo montadas. Na televisão começam a surgir as propagandas daquelas aves típicas que só aparecem nesta época. Nunca vi uma criação de Chesters, nem de “Aves-Fiestas” ou de qualquer uma destas penosas natalinas. Elas só vivem e morrem neste período. São aves de época assim como alguns cristãos e especialmente alguns “apóstolos” por aí.

Não estranhem o meu desânimo com esta data. Ele não provém da data e si, mas do que nosso “Imported American Way Of Life” fez com ela. Com o mundo ocidental o natal ganhou glamour. Deixou de ser proveniente de um lugar desértico para ter sua origem num charmoso ambiente ártico. Deixou de ser o natal de um menino pobre e mal vestido numa manjedoura para ser o natal do simpático velhinho do luxuoso aveludado vermelho.

O natal também ganhou mais sex appeal. Basta pesquisar por imagens de natal no Google que você vai entender o que eu estou dizendo. Belas modelos vestidas de vermelho (se é que podemos dizer que estão vestidas). Enfim o natal ganhou a forma da imaginação humana e as tendências do seu coração. Ganhou luxo, status e principalmente o status da melhor data para o comércio mundial. Em nenhuma outra época do ano se consome tanto. E é isso que o natal virou – produto de consumo.

Quero porém neste artigo lembrar você do paradoxo natalino. Paradoxo sim e eu explico o porquê. O natal é tempo festa. É nascimento e nascimento é sempre tempo de festa. Quem é pai ou mãe há de concordar comigo. Mais ainda por causa de quem está nascendo. Aquele menino era O menino. O Filho de Deus, o próprio Deus nascendo como você e eu nascemos.

Mas o natal é também tempo de angústia. Isso porque Jesus não veio a este mundo a passeio. Ele não veio visitar sua criação. Ele veio para salvá-la. Salvá-la de quê? De si mesma. Jesus nasceu e viveu para morrer. Morrer por causa de nossa condição pecaminosa. O Deus verdadeiro se fez homem numa humilhação indescritível e isso para morrer. Morrer por esta humanidade miserável que hoje não está nem aí para o que ele fez na cruz.

Por isso para mim Natal é também tempo de angustia, de vergonha e reflexão. Isso porque foi por causa da minha vida miserável de pecado que o Filho de Deus nasceu neste mundo. Não podemos desvencilhar a missão de Cristo do seu nascimento. Afinal de contas ele nasceu para isso, para vergonha, para humilhação, para dor e abandono.

Contudo toda esta realidade negativa serviu para alcançar uma perspectiva de vida melhor. Natal é tempo de alegria (e como eu me alegro!). Se Jesus não tivesse nascido e se exposto à vergonha e dor que se expôs, eu não estaria aqui escrevendo este artigo. Eu não poderia me alegrar na angustia do Natal, ou me angustiar na alegria desta data. Angustio-me por que Jesus teve que nascer e sofrer por minha causa, mas me alegro e muito por que mesmo sendo o que sou, ele fez isso por mim. Maravilhosa Graça!

Por isso meu querido leitor, não seja um cristão-chester. Não seja cristão por conveniência ou de época. Entenda que o Cristo fez, o fez para que eu e você vivêssemos o ano todo e a vida toda sob os efeitos de sua vida e obra, e não apenas de seu nascimento. Feliz Natal!


Marcelo Batista Dias

Bíblia On Line