segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meu dia de Asafe


Há poucos dias vivi uma situação que me deixou deprimido. Pouco tempo antes de sair para uma reunião de oração, assisti ao programa de um famoso apóstolo. Nele pude ver uma multidão que cercava, em pé, um grande “altar”. Sobre este “altar”, o apóstolo curou a dor de braço de uma mulher apenas pegando em sua mão e conversando com ela. Eu me assustei. Normalmente essas “curas” eram precedidas de fervorosas orações e imprecações contra o “demônio da dor”. Agora elas acontecem tão naturalmente que a pessoa nem percebe que foi curada. “Ó! A dor passou!” foi o grito da tal mulher.

Em seguida subiu um tipo daqueles que sempre aparecem nesses programas. Ele disse: “Apóstolo quando eu cheguei aqui estava falido. Mas hoje minha vida mudou completamente. Recuperei tudo, tenho um salário bem maior e percebi que só na igreja do senhor é que Deus opera de verdade”.

Saí de casa desolado. Eu e “meu” povo lutamos para conquistar almas através da “velha boa nova” de salvação. Nós lutamos em oração e em evangelização. Buscamos sinceramente um crescimento como deve ser na igreja. No entanto continuamos ali... um grupo bem pequeno e alguns já desanimados. Mas aquele sujeito lá não! Ele tem uma multidão aos seus pés que nem se importa de ficar em pé! Antigamente essas igrejas pelo menos tinham cadeiras confortáveis, ar-condicionado central. Agora o povo fica em pé mesmo. E o lugar fica lotado!

Comecei a pensar que tinha algo de errado comigo. Eu que luto para transmitir as verdades de Deus fielmente junto com a “minha” pequena congregação. Que juntamente com “meu” pequenino rebanho “lutamos pela (genuína) fé evangélica”, vejo um rebanho bem maior indo atrás desses “mercenários do Reino”!!!

E assim fui até chegar à igreja. Ao chegar lá a cena não mudou muito. Apenas a mesma meia-dúzia de três ou quatro de sempre, mas quando começamos a conversar...

Naquele dia eu percebi a grandeza do Deus que sirvo. Aliás, percebi não, relembrei. Estava embrutecido por meus falsos pensamentos. Entendi que Deus tem sido generoso conosco e que se não fosse isso “há muito teríamos perecido”. Pude ver a mão de Deus agindo e sua voz me dizendo: “Não temas nem te espantes”. Pude ouvi-lo me dizer: “O fim deles é morte”. “Eles resvalam os pés e caem”. Caem do mesmo modo que sobem – meteoricamente.

Entendi que: “os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos”. (Slm 73. 27,28)

Findou-se o dia... e em meu “dia de Asafe”, saí consolado...

Marcelo Batista Dias.

2 comentários:

Anderson disse...

Ih... acho que já estou me acostumando a ter dias de Asafe...

Eliane Jany Barbanti disse...

Olá Amado, grata por sua visita e por tornar-se meu seguidor.
Paz e Graça com o Senhor JESUS.
Parabéns pelo seu blog émuito interessante!!!
Abs.
Eliane

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