quarta-feira, 8 de julho de 2009

Consumismo Cristão?! É pouco....


Caro Reverendo,

Estive visitando sua igreja no último domingo e decidi dar-lhe um retorno com as minhas impressões.

Primeiramente, parabéns pelo nivel da pregação encontrado em sua igreja. Pode-se perceber o zelo no preparo e ousadia na comunicação. No entanto, confesso que me senti um tanto quanto desconfortável com sua vestimenta e linguagem informal. Creio que a comunicação das Sagradas Escrituras exige mais reverência.

Também gostei muito das dependências e ambiente interno. Tudo razoávelmente sinalizado e a harmonia entre as cores é louvável. Sugiro apenas maior cuidado na temperatura ambiente. Sentei primeiramente em um local onde um vento gelado vinha sobre minha cabeça. Preocupado em não resfriar-me, mudei de local e passei a transpirar de calor.

Fiquei com algumas inquietações que, quando possível, gostaría de ter um momento para conversarmos mais a respeito. Dentre outras coisas destaco duas:

Primeiramente eu teria sérias dificuldades em contribuir finaceiramente com uma igreja que investe parte de seus recursos para transmitir um culto pela internet ou para ajudar no início de outras igrejas em cidades distantes. Que benefício direto este tipo de investimento traz ao contribuinte?

Em segundo lugar, por que sua igreja não privilegia as grandes composições do passado? Por que insistem em músicas de estilo brasileiro, uma cultura notóriamente contaminada pelo pecado? Confesso que, para mim, seria uma combinação perfeita sua pregação envolvida pelas clássicas canções cristãs que marcaram tantas gerações do passado.

Desculpe-me se fui ousado demais em minhas colocações, mas achei importante o senhor saber como bons cristãos à procura de uma boa igreja, se sentem ao visitar a sua comunidade.
Cordialmente,
Zé do Consumo Cristão
(joãocrentão@matapastor.com.tradição)

Fonte: Igreja? Tô fora!; Ricardo Agreste, Editora Socep, pg 51,52.
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Comentário do Eclesia:

Quando li este email que o Pr. Ricardo Agreste recebeu e publicou no seu livro me envolvi em um misto de emoções.
Primeiro quis rir. Quase dei uma gargalhada.
Depois quis chorar. Que tristeza...
Mas o sentimento que mais imperou foi de revolta.
Dá vontade de pegar um sujeito desse e "espremê-lo até se converter".
São pessoas como essas que fazem do Presbiterianismo brasileiro uma denominação conhecida como fria, gelada, sem o Espirito Santo e etc...
Onde já se viu! Em momento nenhum o "senhor bom critão" se preocupou em cultuar Deus.
Ele foi à igreja como um consumidor à procura de um bom produto, que atendesse às suas exigências e ao seu controle de qualidade.
Hipócrita!
Ora agora é assim... o culto é pra agradar as pessoas e o dizimo é um investimento que exige retorno aos investidores...
Me desculpem mas não dá pra ler esta coisa aí em cima e ficar de outro modo.

Maranata! Vem Senhor Jesus!

Marcelo Batista Dias

Um comentário:

Joelson Gomes disse...

Obg pela visita e parabens pelo blog, continue na luta.

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